CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






segunda-feira, 27 de junho de 2011

IRMÃOS COM TRÊS PONTINHOS

A palavra irmão, tal como se encontra no dicionário, significa pessoa que descende de um ou dos dois pais comuns. Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples e precisa não é suficiente para definir a palavra irmão no sentido mais amplo do termo.Muitas religiões, notadamente os evangélicos no Brasil, utilizam o termo irmão para definir aquele que professa a mesma religião que a sua, esse sentido deriva da crença que todos somos filhos de um único Deus e, portanto a humanidade formaria, segundo esse entendimento, uma grande família, sendo todos irmãos. É sem dúvida uma bela e filosófica visão e talvez seja um fim a ser alcançado.
 
Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux, tinham uma tradição que era a seguinte: todo menino nascido na tribo, durante os primeiros meses era amamentado por todas as mulheres da tribo, dessa forma esse menino ao tornar-se um guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo como suas mães e todos os velhos como seus avós, destarte todos os outros guerreiros eram seus irmãos e estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos, sendo esse um sentimento tão forte que jamais um irmão seria abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrer morriam juntos, irmãos na vida e na morte. Na Maçonaria temos o costume de tratar-nos como irmãos, demonstrando dessa forma o caráter fraternal de nossa organização. Quando um profano recebe a luz em um templo, durante o ritual de iniciação, a primeira coisa que ele vê são seus irmãos, jurando protege-lo sempre que for preciso.
A partir desse momento todos que a ele se referem o tratam por irmão, os filhos de seus irmãos passam a tratá-lo como tio e as esposas de seus irmãos passam a ser suas cunhadas. Forma-se nesse momento um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.
     
É difícil precisar, no entanto, como esse vinculo se cria e se mantém. Porque? ao sermos reconhecidos como Maçons o outro lado prontamente abre um sorriso amigo e te abraça, como se já te conhecesse de toda a vida. Que força é essa que nos une e faz com que homens de diferentes, raças, credos, profissões e classes sociais, tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles, que entre irmãos de sangue? A Maçonaria que passou por várias fases em sua existência desde a Maçonaria operativa até as atuais Lojas Maçônicas, foi refinando a maneira pela qual seus membros são escolhidos e convidados para integrar nossas colunas, o possível candidato sem saber está sendo observado em seus atos e na forma de conduta na vida profana, sendo que ao ser formalmente convidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando agora cumprir os regulamentos da respectiva potência maçônica, para levar a cabo o ingresso do novo membro.
                                                                                        
Talvez devido ao fato de que todo o Maçom, por saber dos rigores dessa seleção, que pese o fato de que algumas vezes cometemos erros, iniciando irmãos que nem de longe mereceriam essa honra, nós temos a tendência a confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes. Aquele que ao apor sua assinatura em uma folha qualquer acrescentar os três pontinhos deve saber que está dizendo ao mundo, “Sou Livre e de Bons Costumes”. E como tal será cobrado em suas ações e atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano. Creio que muitos irmãos adentram à nossa ordem sem a devida reflexão da responsabilidade que isso lhes impões, repetem os juramentos sem entender a verdadeira abrangência de suas palavras, o fazem por que isso faz parte do ritual, da mesma forma que pessoas que jamais freqüentam a igreja se casam e juram amor eterno e fidelidade diante do sacerdote sem, no entanto ter a menor intenção de cumprir esse juramento.
          
È compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem sem o devido conhecimento da mesma, até porque esse conhecimento é pouco divulgado e muitas vezes os padrinhos e aqueles que fazem as sindicâncias não esclarecem o profano devidamente sobre as responsabilidades que estará assumindo. O que não é aceitável é que depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas de conduta exigidas o irmão continue agindo como antes do ingresso, ou seja, o irmão transforma-se naquilo que costumamos chamar de “Profano de Avental”, é aquele irmão que embora imbuído de boas intenções não permeou seu espírito com os ensinamentos da Maçonaria e mesmo que permaneça na Ordem por toda a vida jamais será um Maçom no mais completo sentido da palavra. Nossa ordem necessita de irmãos que tenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade, tal qual os guerreiros Sioux, que sendo filhos genéticos de pais diferentes se sentem irmãos, porque participam de algo que é maior que cada um deles individualmente.
     
Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que tem orgulho de pertencer a essa instituição e estão dispostos a sacrifícios pessoais em benefício da mesma . Ele deve lembrar-se sempre que ele não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela escolhido por reunir as condições necessárias para tal. No entanto ele escolheu ficar e deve ser fiel aos seus juramentos.

Precisamos,portanto de Irmãos com três pontinhos de verdade.
 
BIBLIOGRAFIA
 
Peça enviada pelo nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira e escrita por nosso amado Irmão Sidney Correia

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                                            

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CARGOS & DEVERES EM UMA LOJA

O primeiro dever dos dirigentes de uma Loja Maçônica é o PLANEJAMENTO. A curto prazo, esse planejamento consiste na simples e criteriosa elaboração da Ordem do Dia. A diretoria deve, com antecedência, estabelecer os pontos de interesse da Oficina que serão apreciados na reunião. Ninguém deve ser pego de surpresa, com as calças na mão. A médio e longo prazos, o planejamento compõe-se da DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA LOJA:
 1 - para que estamos aqui?
 2 - em que ponto estamos?
 3 - para onde vamos?
 4 - que estratégias usar?
 5 - quem cuidará de quê?
 6 - metas de crescimento coletivo e/ou desenvolvimento pessoal
 7 -auxílio aos Irmãos que, por acaso, tenham dificuldades para acompanhar o processo de concretização dos objetivos da Oficina.
                                                         
Esses sete pontos perfeitos, aplicáveis ao justo progresso de qualquer empreendimento, pressupõem pessoas incumbidas de um OFÍCIO, envolvidas entusiasticamente numa ocupação. Essa ocupação pressupõe certo grau de habilidade e a aceitação dos riscos e dificuldades que envolvam os encargos. Só então, surge a transcendência do que chamamos Missão. Por isso, os que possuem esse grau de habilidade são chamados OFICIAIS. Tradicionalmente, em todos os países, a estrutura dos cargos oficiais em Loja é o mesmo e seus nomes derivam do idioma e do antigo sistema parlamentar inglês. São os seguintes os principais cargos dessa dinâmica OFICIAL e cujos títulos coloco, inicialmente, em inglês a exemplo das Lojas criadoras dos ritos. Em francês não é muito diferente: Worshipful Master é o mesmo que Venerável Mestre e vénérable, em francês, cargo existente e obrigatório em TODOS os tipos de Loja – sejam simbólicas, especiais, de estudo, de pesquisas, autorizadas, ocasionais ou outras.
                   
Isso porque, segundo o Landmark X, “o Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja é exercido por um Venerável e dois Vigilantes. Qualquer reunião de maçons congregados sob qualquer outra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidente, não seria reconhecida como Loja.” Worshipful significa, para os ingleses, digno, honrado e respeitável. É assim que dever ser, ora essa… Os dois vigilantes são chamados Sênior Warden, ou Primeiro Vigilante Premier surveillant em francês que, entre outras coisas, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS APRENDIZES; e o Júnior Warden deuxième surveillan]. O Segundo vigilante, entre outros encargos. além de bater malhete, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS COMPANHEIROS. A palavra Warden, em inglês, significa gerente ou pessoa encarregada da observância de certas condutas; em francês, surveillant é aquele que mantém a ordem no local de trabalho, diferente do vigilant/vigilante que, nesses idiomas, tem o sentido de vigiar, que não é o nosso caso.
                                                
Vejam bem a quantas andaram nossas traduções! Acontece que muitos dos tradutores dos antigos rituais não conheciam a filologia nem a lingüística, nem a morfologia do inglês ou do francês dos Séculos XVII e XVIII. Resultado: caíram nos falsos cognatos: Assim, “latir” espanhol gera o falso cognato latir – voz do cachorro – enquanto que significa bater, pulsar; apelido é sobrenome; exquisita é o mesmo que “deliciosa”; data em inglês significa dados, informações; injury, significa ferimento… Continuando Cargos & Deveres Numa Loja – O Marshal, Conductor ou Master of Ceremonies, maître des cérémonies é o Mestre de Cerimônias. Aqui a tradução está correta. DELE É O DEVER DE CONDUZIR OS RITUAIS. É o Diretor Ritualístico da Loja. Se a Oficina trabalha com ordem e perfeição, se os rituais são feitos com correção e sem atropelos, o mérito é do Conductor Mestre de Cerimônias. Nesse particular, aconselho os Mestres de Cerimônias a não aceitarem ingerências em suas funções, tampouco estalidos de dedos da platéia. O Chaplain é o CAPELÃO da Ordem, reminiscência da função desempenhada pelos capelães nas antigas Ordens de Cavalaria: capelania castrense, ordinariato militar e capelania militar com atribuições religiosas, judiciais e de aconselhamento. É o responsável pela GUARDA DA LEI, pelo exato cumprimento da Legislação Maçônica e dos Landmarks.
                                                      
É, digamos assim, o ministério público da Oficina devendo, portanto, ser exímio conhecedor da Constituição e Regulamento da Potência a que pertença a Loja, de todas as leis, decretos e responsável pelo trâmite processual da documentação inerente à regularidade da Loja. No Brasil, traduzimos o título a partir do francês l’orateur e Chaplain virou ORADOR. Pronto: alguns oficiais que ocupam esse posto julgaram seu dever estribado na elaboração de entediantes DISCURSOS. Tornam-se tribunos sem toga e, muitas vezes, invadindo a seara dos Vigilantes ou do Mestre de Cerimônias, chamando a si o direito de conduzir rituais e dar instruções. E dá-lhe discurso! (Ruy Barbosa, maçom brilhante, jurista, diplomata, escritor, filólogo, e ORADOR DE VERDADE, levantaria do túmulo, ostentando nas mãos sua obra Anistia Inversa – Casa De Teratologia Jurídica, e gritaria um BASTA!)
                                                                                 
O tesoureiro é o Treasurer dos ingleses ou guardião dos tesouros da Ordem, conforme o uso dos antigos Templários e ordens de cavalaria. O tesoureiro é o guarda do tronco e responsável pelo justo andamento das finanças e economia da Oficina. Noutras palavras: é o administrador de patrimônio da Loja. (Lembro-me que, nos meus dias de Aprendiz, um instrutor ensinava que o tronco de solidariedade tinha seu nome devido aos Templários que escondiam seus tesouros e moedas sob grossos troncos das árvores na floresta de Ardennes! Uau, acreditem se quiserem! pois “le tronc de bienfaisance” ou simplesmente TRONC significa, no caso, o cofre onde são depositadas as oferendas e esmolas. Vale lembrar que beneficência quer dizer filantropia e caridade; a isso se destina o tronco).  

Secretary – secretário – é o chefe de gabinete do Venerável Mestre. Forma o principal elo de administração com o Tesoureiro e o Orador, cuidando para que a Oficina não se depare com problemas de ordem administrativa, legal e financeira. Dirigida por três, composta por cinco e completada por sete, longe de interpretações esotéricas, o sucesso das Lojas está no planejamento democrático, DISCUTIDO E AVALIADO COM CADA IRMÃO, na elaboração criteriosa da Ordem do Dia. Os demais Oficiais não citados nesse artigo (Chanceler, Hospitaleiro, Diáconos, Expertos, Guarda e Cobridore, Mestres de Harmonia, de Banquetes, Arquiteto, Bibliotecário, Porta-Espadas e Bandeira, etc.) atuam entre as engrenagens do Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário e Mestre de Cerimônias. Ninguém pode (nem deve) MONOPOLIZAR as sessões da Loja ou tornar-se alvo constante das atenções. Na Maçonaria buscamos uma ESCOLA e não professores.
Todos querem participar, muitos querem ser auxiliados em seu progresso na Maçonaria. A Oficina, como um todo, quer saber quais as metas de crescimento coletivo e pessoal, querem saber PARA QUE estão ali, que ponto chegamos e para onde vamos. Era mais ou menos isso que os marinheiros perguntavam a Cristovam Colombo: – “Maestro, dónde vamos?!”




BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura, expressa apenas a opinião pessoal do autor, o  Irmão José Maurício Guimarães e  este artigo não representa a palavra oficial de nenhuma Loja, Potência ou Corpo Maçônico.

                                                                               UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                                                       


sexta-feira, 10 de junho de 2011

O HOSPITALEIRO

O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa, de detectar as situações de necessidade e de prover o alívio dessas situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando o auxílio de outros maçons ou, mesmo, de toda a Loja, quer, se a situação o justificar ou impuser, solicitando, por meio da Grande Loja e do Grande Oficial com esse específico encargo, o Grande Hospitaleiro ou Grande Esmoler, a ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros. Um dos traços distintivos da Maçonaria, uma das características que constituem a sua essência de Fraternidade, é a existência, o cultivo e a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre os seus membros. Solidariedade que não significa cumplicidade em ações ilícitas ou imorais, ou encobrimento de quem as pratica, ainda que Ir.’., ou auxílio ou facilitação à impunidade de quem viole as leis do Estado ou as regras da Moral. O maçon deve ser sempre um homem livre e de bons costumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras da Moral e da Decência.                                      
Livre, porque autodeterminado e, portanto, responsável pelos seus atos, bons e maus. Perante a Sociedade e perante os seus Irmãos. A solidariedade dos maçons existe e pratica–se e sente-se em relação às situações de necessidade, aos infortúnios que a qualquer um podem acometer, às doenças que, tarde ou cedo, a todos afetam, às perdas de entes queridos que inevitavelmente a todos sucedem. Sempre que surgir ou for detectada uma situação de necessidade de auxílio, de conforto moral ou de simples presença amiga, os maçons acorrem e unem-se em torno daquele que, nesse momento, precisa do calor de seus IIr.’.. Esse auxílio, esse conforto, essa presença, são coordenados pelo Hospitaleiro. Note-se que a palavra utilizada é “coordenados”, não “efetuados” ou “realizados”. O Hospitaleiro não é o Oficial que efetua as ações de solidariedade, desobrigando os demais elementos da Loja dessas ações. O Hospitaleiro é aquele elemento a quem é cometida a função de organizar, dirigir, tornar eficientes, úteis, os esforços de TODOS em prol daquele que necessita.                                                                    
É claro que, por vezes, muitas vezes até, a pretendida utilidade do auxílio ou apoio ou presença determina que seja só o Hospitaleiro a efetuar a tarefa, ou delegá-la a outro Irmão que seja mais conveniente que a efetue. Pense-se, por exemplo, na situação, que aliás inevitavelmente ocorre com alguma freqüência, de um Irmão que é acometido de uma doença aguda, que necessita de uma intervenção cirúrgica ou que precisa estar por tempo apreciável hospitalizado, acamado ou em convalescença. Se todos os elementos da Loja se precipitassem para o visitar, isso já não seria solidariedade, seria romaria, isso já não seria auxílio, seria perturbação. O Hospitaleiro assume, assim, em primeira linha, a tarefa de se informar do estado do Ir.’., de o auxiliar e confortar e de organizar os termos em que as visitas dos demais Ir.’. se devam processar, de forma a que, nem o IIr.’. se sinta negligenciado, nem abandonado, nem, por outro lado, fique assoberbado com invasões fraternais ou constantemente assediado pelos contatos dos demais, prejudicando a sua recuperação e o seu descanso, maçando-o, mais do que confortando-o. Também na expressão da solidariedade o equilíbrio é fundamental…   
                          
A solidariedade maçônica pode traduzir-se em atos (visitas, execução de tarefas em substituição ou auxílio, busca, localização e obtenção de meios adequados para acorrer à necessidade existente), em palavras de conforto, conselho ou incentivo (quantas vezes uma palavra amiga no momento certo ilumina o que parece escuro, orienta o que está perdido, restabelece confiança no inseguro), no simples ato de estar presente ou disponível para o que for necessário (a segurança que se sente sabendo-se que se não precisa, mas, se precisar, tem-se um apoio disponível…) ou na obtenção e disponibilização de fundos ou meios materiais (se uma situação necessita ou impõe dispêndio de verbas, não são as palavras ou a companhia que ajudam a resolvê-la: é aquilo com que se compram os melões…). A escolha, a combinação, o acionamento das formas de solidariedade aconselháveis em cada caso cabe ao Hospitaleiro. Porque a ajuda organizada normalmente dá melhores resultados do que os atos generosos, mas anárquicos e descoordenados…
     
O Hospitaleiro deve estar atento ao surgimento de situações de necessidade, graves ou ligeiras, prolongadas ou passageiras, e atuar em conformidade. Mas não é omnisciente. Portanto, qualquer maçon que detecte ou conheça uma dessas situações deve comunicá-la ao Hospitaleiro da sua Loja. E depois deixá-lo avaliar, analisar, atuar, coordenar, e colaborar na medida e pela forma que for solicitado que o faça. Porque, parafraseando o princípio dos Mosqueteiros de Alexandre Dumas, a ideia é que sejam “todos por um”, não “cada um pelo outro, todos ao molho e fé em Deus”… A solidariedade maçônica é assegurada, em primeira linha, entre IIr.’.. Mas também, com igual acuidade, existe em relação às viúvas e aos filhos menores de maçons já falecidos. Porque a solidariedade não se extingue com a vida, cada maçon, auxiliando a família daqueles que já partiram, sabe que, quando chegar a sua vez de partir, deixará uma rede de solidariedade em favor dos seus que dela necessitem verdadeiramente!
                                    
E a solidariedade é algo que não se esgota em circuito fechado. Para o maçon, a beneficência é um simples cumprimento de um dever. As ações de solidariedade ou beneficência em relação a quem – maçon ou profano – necessita, em auxílio das organizações ou ações que benevolamente ajudam quem precisa são, em relação à Loja, coordenadas pelo Hospitaleiro. O ofício de Hospitaleiro é, obviamente, um ofício muito importante em qualquer Loja maçônica. Deve, por isso, ser desempenhado por um maçon experiente, se possível um ex-Venerável.
                                                    
O símbolo do Hospitaleiro é uma bolsa ou um saco, ou ainda uma mão segurando um saco. Bolsa em que o Hospitaleiro deve guardar os meios de auxílio. Bolsa que deve figurativamente sempre carregar consigo, pois nunca sabe quando necessitará de prestar auxílio, material ou moral. Saco como aquele em que, em cada sessão, se recolhe os donativos que cada maçon dá para o Tronco da Viúva. Mão segurando o saco, no modo e gesto como, tradicionalmente, após a recolha dos óbolos para o Tronco da Viúva, o Hospitaleiro exibe o saco contendo esses óbolos perante a Loja, demonstrando estar à disposição de quem dele necessite.
Mas o ofício de Hospitaleiro, a função que assegura, vão muito vão além do auxílio material. Muitas vezes, o mais importante auxílio que é prestado não implica a necessidade de recorrer ao metal, que só é vil se não o soubermos nobilitar pelo seu adequado e útil uso. A propósito de solidariedade: já se decidiu se contribui, na medida do que puder e quiser, para auxiliar a Inês? Se sim, não guarde para amanhã o que pode fazer hoje. Relembre aqui como pode ajudar e… trate disso! Já! Não se deixe vencer pela inércia!

BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi escrita pelo Irmão Rui Bandeira e a mesma, extraida do site www.revistauniversomaconico.com.br

                                                                         UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                                         

terça-feira, 7 de junho de 2011

O DESPERTAR DOS CHACRAS

Quando nos damos conta da existência daquela parte divina dentro de cada um de nós; quando descobrirmos com a emoção mais profunda do coração que nossa Divindade Íntima quer que desvendemos as esferas superiores de nossa Consciência; enfim, quando em nossas viagens internas começamos a responder à inteligência do Pai Íntimo, então sim, como filhos pródigos poderemos nos considerar um Deus, em potencial. A investigação de nossa Alma nos faz conceituar que existem poderes que levariam nossa vida a uma mudança tão radical que os limites de nosso cotidiano se confundiriam com o ilimitado. Com o uso de sons vocálicos, mântricos, podemos conquistar nossa herança mágica, perdida num passado longínquo. Mantras são invocações sonoras que o mago utiliza para harmonizar seu corpo e seus Centros com as forças mais sutis da Natureza.
                                                        


O homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos físicos (olfato, audição, paladar, tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados na grande maioria de nós. Eventualmente, um ou outro sentido suprafísico se manifesta, dando-nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:
Clarividência -  Clariaudiência - Intuição - Telepatia
Viagem Astral - Recordação de Vidas Passadas - Polividência




1.Clarividência: É a Terceira Visão. Com este poder, apresenta-se ante nosso olho interior todo o universo oculto, as dimensões superiores e inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, os desencarnados e as formas-pensamento. Desenvolve-se a clarividência despertando o chacra frontal (entre as sobrancelhas) e trabalhando-se a Ira. As virtudes para se despertar este chacra são paciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com fantasia). A cor deste chacra é azul com matizes de rosa e prata. O mantra para seu despertar é INRI…
                                                                                

2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido podemos escutar a voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das Esferas, compreender cada palavra pronunciada, valorizar a virtude do amor à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra deste sentido é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O mantra é ENRE…


                                                                      

3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do coração. Com este sentido captamos o profundo significado das coisas e ficamos sabendo com antecedência o que fazer. Os místicos afirmam que este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). A virtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO…






4. Telepatia: Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo passamos por ele; isso se chama captação de pensamento, e é despertado com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgar ninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de Solar por ser o acumulador dos átomos ígneos, ou Prana, que vêm do Sol. Aclaramos que a Transmissão das ondas de pensamento se faz por meio do chacra frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e o amarelo.O mantra é UNRU…

5. Viagem Astral: Todos, sem exceção, saímos do corpo físico nas horas de sono. Nossos sonhos são vivências (quase sempre inconscientes) de fatos ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão. Quem de nós, em um dado momento, estando relaxados, de repente nosso corpo sente um leve choque, como que assustados? Na verdade, sem o saber, estivemos saindo gradativamente do corpo físico e voltamos bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder, consegue conversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos templos das igrejas elementais, viajar a qualquer lugar do mundo, acima e sob a terra. Quando todos os chacras, especialmente cardíaco, prostático e hepático, estão em perfeita sintomia com as forças sutis do Cosmos, a saída astral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem trabalhados são a preguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra é FARAON…

6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema nervoso equilibrado, ou seja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados de energias transmutadas. Porém, os chacras ligados a esse poder são os pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtude requerida para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando-se com os chacras pulmonares conseguimos absorver a experiência e o conhecimento acumulados de vidas passadas. A cor é o violeta. O mantra é ANRA…

7. Polividência: É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase espiritual, ou pré-Samadhi. O chacra coronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e saída da Essência. A polividência é a capacidade da nossa consciência (Essência ou Budhata), desligar-se parcialmente de seus sete corpos e penetrar na Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas as sete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM…

Despertando os 7 Chacras
Existem 7 Templos sagrados no mundo astral ligados aos elementos cósmicos e nos conectamos magneticamente a eles por meio de nossos sete principais chacras, batizados no esoterismo crístico de Igrejas do Apocalipse ou Velas do Candelabro do Templo. De acordo com o Yoga, os chacras principais são :

Muládhara (Igreja de Éfeso ou Básico): situa-se entre os genitais e o ânus, e sua raiz fica na ponta da espinha dorsal. Liga-nos ao elemento Terra e seus mantras principais são o IAO e o S (como o silvo prolongado de uma serpente). Os grandes magos afirmam que ao se despertar esse centro dominamos externamente os gnomos e pigmeus, além dos fenômenos telúricos, como terremotos, erosão, pragas de formigas, lesmas e outros. Internamente, desenvolvemos a Paciência, a Diligência e a Laboriosidade. Todos os chacras das pernas (dos joelhos, do descarrego nos calcanhares, das solas dos pés etc.) estão subordinados ao Básico. A Kundalini acha-se encerrada no chacra muládhara e deste chacra emanam quatro Nádis semelhantes a pétalas da flor de lótus. Muládhara é a morada do Tattwa Prittivi (ou, Elemento Etérico da Terra).
     
Swadhishtana (Igreja de Smirna, Prostático; chamado de uterino, nas mulheres): Localiza-se a quatro dedos acima dos órgãos sexuais, no púbis. Seus mantras principais são M e Bhuvar. Com ele trabalhamos o Tattwa Apas, com os elementais das águas, ondinas e nereidas, dominando as nuvens chuvosas, as ondas dos mares, as enchentes e as leis de equilíbrio da natureza (chamadas de Leis do Trogo Autoegocrático Cósmico Comum. É um nome complexo, mas significa Tragar e Ser Tragado, Receber e Doar, Dar para Receber). Interiormente, desenvolvemos a Castidade, a Fidelidade e a compreensão da Prosperidade. Este chacra é o centro de irradiação e controle de outros, como o da bexiga, testículos (ou ovários) e rins.

                                                                                     

Manipura (Igreja de Pérgamo ou Solar): Confere o poder da telepatia. Mas também dominamos o Fogo, e seus seres, as Salamandras e os Vulcanos. Psiquicamente, pode-se dominar os incêndios, as fogueiras, o poder curativo das velas. Seus mantras principais são: U e RAM. Tattwa Tejas. Este chacra domina os chacras secundários e terapêuticos, como do fígado, do baço, do pâncreas, o da boca do estômago etc.

                                                  Anahát (Igreja deTiatira, Cárdias): O chacra cardíaco, por nos ligar aos elementais do Ar, Silfos e Sílfides, Fadas e Elfos, nos dá poderes sobre o vento, os furacões, as brisas, a levitação, o teletransporte. Tattwa Vayú. Também nos confere a compreensão da natureza pela teologia, pelos rituais e a mensagem dos símbolos pela Intuição. O Cárdias controla os chacras pulmonares, os das axilas, dos cotovelos e os das palmas das mãos.


                                                                             
Vishudda, Ajna e Sahásrara (Igrejas de Sárdis, Filadélfia e Laodicéia; Laríngeo, Frontal e Coronário): Auxiliam-nos a trabalhar e compreender as energias cósmicas, superiores, do Ser, como o desapego, a sabedoria, a verdade, a inteligência, a justiça, a misericórdia etc., já que a Loja Branca Atômica de nosso corpo físico situa-se no cérebro. Esses três chacras sagrados têm sob sua influência outros, como o do cerebelo, o “chacra oculto”, os sete chacras especiais que circundam o coronário, o do hipotálamo, do timo, do palato etc.

Enfim, nosso organismo psíquico contém uma fantástica constelação de chacras que nos ligam às mais variadas energias cósmicas e telúricas. Alguns afirmam que nosso corpo astral possui cerca de 10 mil chacras e o corpo mental está estruturado com mais de 200 mil chacras. Isso, sem contar os chacras dos outros corpos. Conhecendo a parte enferma da alma e do corpo, deficiências ou com bloqueios, podemos trabalhar com as salamandras, os gnomos etc. Conhecendo o procedimento ritualístico, os símbolos, os mantras, os nomes das Deidades especialistas em determinadas energias, podemos iniciar um verdadeiro trabalho magístico. O grande segredo é o Conhecimento prático, e não unicamente a teoria estéril.

Prática 1
Procure mais uma vez uma postura de relaxamento e meditação. Imagine que seus chacras tomam a forma de luminosas flores cor de rosa. Dos mantras acima citados (para despertar um dos sentidos paranormais), escolha um deles que você sinta mais afinidade e pratique por cerca de 10 minutos. Visualize que o chacra correspondente ao mantra escolhido se transforma num templo dentro de você. Penetre com a Imaginação Consciente dentro desse templo e sinta a Sabedoria ali contida. Ore à sua Mãe Divina e peça que Ela preencha seu corpo e sua Consciência com Amor, Sabedoria e Força. Lembre-se: cada exercício deve ser praticado por pelo menos uma semana, e todos por toda sua vida. Sinta a energia contida em cada prática. Ao final de cada exercício mântrico, agradeça ao Pai Celestial por mais esta oportunidade de espertar sua Consciência.

Prática 2
Fique de pé, feche os olhos e relaxe seu corpo. Imagine que das solas de seus pés saem gigantescas raízes coloridas e muito fortes. Essas raízes penetram no mais profundo da terra, alcançando as regiões mais inacessíveis do corpo planetário. Invoque a Divina Mãe Terra. Suplique-lhe seus atributos e poderes, tais como saúde, estabilidade, sabedoria, contemplação, compreensão profunda etc. Imagine que tudo o que você pediu está penetrando pelas raízes de seus pés e se espalha por todo o coro e finalmente até sua Alma e sua Consciência.

BIBLIOGRAFIA
Esta fantástica Peça de Arquitetura, foi extraida do "O DESPERTAR DOS CHACRAS" que se encontra no site http://www.gnosisonline.org   "VAMOS MEDITAR MEUS IRMÃOS"
                                                                      
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO