CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ALQUIMIA SEM A MAÇONARIA



A finalidade principal da Alquimia (do árabe al-kimia) era a transformação de substâncias por processos químicos e as tentativas de transmutação dos metais. Embora a sua época de apogeu tenha sido a Idade Média, quando, sob esse nome, ela foi introduzida, no Ocidente, pelos árabes (século VII), a verdade é que ela foi praticada desde tempos muito antigos, no Egito, na Pérsia, na China, na  Índia e na Grécia arcaica. Os egípcios já a utilizavam, de maneira prática, para curtir couros, preparar ligas de metais comuns e fabricar corantes e cosméticos; os persas tiveram grande interesse por esse novo tipo de conhecimento e o espalharam entre os povos conquistados; através dos persas, ela chegou à Grécia, onde os gregos a incorporaram aos seus conhecimentos teóricos sobre os mistérios da vida.
É necessário, já de início, que se estabeleça a existência de dois tipos de alquimia: a prática, precursora da química e estabelecida pelo médico suiço Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como Paracelso (1493-1541), e a alquimia oculta, muito associada à magia.
 Em todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a idéia da existência de um elemento primordial, do qual derivam todos os demais elementos. A mais antiga idéia, relativa a esse conceito, é aquela que considerava a água como elemento fundamental, associada aos trabalhos do sábio grego Thales, de Mileto. Na mesma Grécia, entretanto, muitos filósofos defenderam idéias diferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, pois ele podia ser condensado, formando nuvens e chuvas, cujas águas, ao se evaporar, formando, novamente, o ar, deixavam um resíduo sólido de terra. O mitraísmo persa via a manifestação do poder divino no fogo, crendo, portanto que esse era o elemento formador de todas as coisas; Heráclito também defendia a teoria do fogo, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode provocar as mais intensas transformações é o fogo, daí a máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza). Já Feresides escolheu, como fundamental o elemento terra, pois, afirmava, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar. E Aristóteles, finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.


Dos árabes conquistadores, originou-se um dos maiores alquimistas de todos os tempos: Jabir ibn Hayyan (721-813), conhecido, na Europa, como Geber. Este aceitava a teoria aristotélica dos quatro elementos, adicionando, todavia, outros dois elementos essenciais, o mercúrio e o enxofre, os quais explicavam certas propriedades dos metais; um terceiro elemento, o sal, foi, posteriormente, incluído, formando, com os outros dois, o trio fundamental (trio prima) de Paracelso e de seus discípulos, no século XVI.
Essencialmente, a alquimia era caracterizada pela busca de duas substâncias: a pedra filosofal, capaz de transformar os metais inferiores em ouro, e o elixir da longa vida, capaz de manter os homens eternamente jovens. Para Geber, todos os metais seriam formados apenas de enxofre e de mercúrio; desses elementos, deveriam ser extraídas as essências, que transformariam todos os metais "em ouro mais puro do que o das minas". Partindo do princípio de que todas as substâncias possuem uma única raiz, parecia possível, para os alquimistas, transformar os corpos, entre os quais os metais, em ouro, o qual, além de ser o princípio concreto da força, que serve para comprar a glória e a felicidade material, é, também, o símbolo do Sol, da luz, do poder criativo, da revelação divina.

Teosoficamente, a alquimia trata das forças sutis da natureza e das diversas condições da matéria, nas quais aquelas forças agem. Quando, dá, aos iniciados, a idéia do mysterium magnum, sob o véu regularmente artificial da linguagem, para que não represente perigo nas mãos de egoístas, o alquimista aceita, como primeiro postulado, a existência de um determinado dissolvente universal da substância homogênea, de onde evoluíram os elementos, ao qual chamam de ouro puro, ou summum materiae. Este, possuía o poder de lançar fora do corpo humano todos os germes de doença de renovar a juventude e de prolongar a vida: assim é a Pedra Filosofal (Lapis Philosophorum).
A alquimia é, na realidade, tratada sob três aspectos distintos: o cósmico, o humano e o terrestre; esses três aspectos eram típicos, sob as três propriedades alquímicas: o mercúrio, o sal e o enxofre, que são os três princípios da Grande Obra (transformação dos metais inferiores em ouro).
No aspecto terrestre, ou meramente material da alquimia, o objetivo é transmutar os metais grosseiros em ouro puro, já que é indiscutível que, na natureza, ocorre a transmutação de metais inferiores em outros, melhorados. Existe, todavia, um aspecto muito mais místico, o ocultista, da alquimia. O alquimista ocultista despreza o ouro terrestre, material, e dirige todos os seus esforços na transmutação do quaternário inferior em ternário divino superior ao homem, os quais, quando se unem, acabam constituindo um só. Os planos da existência humana,espiritual, mental, psíquico e físico, comparam-se, na alquimia oculta, aos quatro elementos da teoria de Aristóteles (o fogo, o ar, a terra e a água); cada um deles é capaz de uma tríplice constituição, ou seja: fixa, instável e volátil.

                                                                                   
A Grande Obra, para a alquimia oculta, consistia no constante renascer, para que o iniciado percorresse o caminho do aperfeiçoamento e do conhecimento, até chegar à comunhão com a divindade, conceito muito parecido com os do hinduísmo e os da doutrina de revelação do mitraísmo persa. Assim, os metais inferiores simbolizam as paixões humanas e os vícios, que devem ser combatidos e transformados em ouro do espírito, que é o objetivo da Grande Obra, ou Obra do Sol, ou Crisopéia, ou Arte Real
As operações da natureza são, praticamente, as mesmas da alquimia, diferenciando-se somente na denominação, podendo ser reduzidas a sete principais: calcinação, solução, putrefação, destilação, sublimação, conjunção e coagulação, ou fixação. É necessário, porém, tomar essas palavras no sentido filosófico, de acordo com o procedimento da natureza, a qual deve ser bem estudada e conhecida, antes de ser imitada.


Não se pode negar que a Química moderna deve os seus melhores descobrimentos à alquimia, a partir de Paracelso, que achava que "apenas os idiotas pensam que a alquimia é o conhecimento de como obter ouro; o objetivo da alquimia é procurar descobrir novos remédios". Os antigos e infatigáveis trabalhos alquímicos relativos à transmutação dos metais até ao ouro potável (conseguida pela Química moderna), originaram inúmeras descobertas, às quais deve, a humanidade. o seu progresso atual. Muitos dos descobrimentos tidos, exclusivamente, como modernos, já eram conhecidos pelos magos e alquimistas de tempos bem remotos: os sacerdotes etruscos, adeptos da magia, conheciam bem a eletricidade e fizeram uso dela para a defesa de cidades; o arquiteto e alquimista Anselmo de Tralle já conhecia os efeitos do vapor, enquanto o monge alquimista, Pauselenas, fala, em suas obras, sobre a aplicação da química nas fotografias e afirma que autores jônicos falam desse mesmo processo, assim como de câmara escura, sensibilidade de placas e aparelhos ópticos Com a união, na Idade Média, principalmente a partir do século XIII, dos alquimistas com os cabalistas, hermetistas e adeptos da magia, surgiriam diversas seitas e grupos secretos, como o dos adeptos e o dos iluminados, os quais, posteriormente, como elementos aceitos, incorporaram-se às associações de construtores medievais, levando, para a nascente Maçonaria dos Aceitos (ou "especulativa"), os seus conceitos, idéias e símbolos.
                                                                       
                                                                            

A Maçonaria ainda conserva muitos símbolos dos alquimistas, para armar a sua doutrina moral e espiritual. Um exemplo é, em muitos ritos, a chamada Câmara de Reflexão, onde o candidato à iniciação permanece, em meditação, antes da cerimônia; a câmara, que representa o útero (da terra), do qual o candidato nasce para uma nova vida, representa a "prova da terra", um dos quatro elementos aristotélicos. Nela, entre diversos símbolos representativos da espiritualidade e do valor da vida honrada, encontram-se as substâncias necessárias à Grande Obra --- sal, enxofre e mercúrio --- para lembrar, ao candidato, que ele deve percorrer o caminho do conhecimento, para chegar ao aperfeiçoamento espiritual e moral, que é a Grande Obra da vida. Na mesma câmara, uma máxima alquímica --- representada pelas iniciais de suas palavras, V.I.T.R.I.O.L. --- adverte: Visita Interiore Terrae Rectificandoque Invenies Ocultum Lapidem (vá ao interior da terra e, seguindo em linha reta, em profundidade, encontrarás a pedra oculta), a qual, além de uma referência à Pedra Filosofal, é um convite à procura do "eu interior" de cada um. Alquímicas, também, são as provas simbólicas de alguns ritos, ligadas aos outros três elementos: ar, fogo e terra.






 Esta peça de Arquitetura cujo nome é simplesmente ALQUIMIA, pertence ao escritor que considero um  "Arqueólogo Monstro  da Maçonaria Contemporânea" José Castellani.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

AS MENINAS DE JÓ

A Ordem Internacional das Filhas de Jó é uma Instituição Paramaçônica destinada à jovens do sexo feminino entre 10 e 20 anos (incompletos), visando aperfeiçoamento do Caráter.
Esta Ordem é baseada nos ensinamentos Bíblicos sobre a vida de Jó, sua Paciência perante aos desafios e provações pelos quais teve de passar.
O nome se refere às três filhas de Jó: Kézia, Jemima e Keren-Happouk, que são citadas na Bíblia como as "mulheres mais justas de toda a Terra".
Ela está presente em alguns países: Canadá, Austrália, Estados Unidos, Filipinas, e Brasil. A Ordem está em nosso país desde 1990, foi trazido pelo maçom Alberto Mansur e o Bethel #01 foi instalado na cidade do Rio de Janeiro é chamado "Mater do Brasil".
As reuniões são fechadas ao público em geral. Para ingresso em um Bethel de Filhas de Jó, é necessário que a candidata possua conhecimento com um Maçom e tenha menos de vinte (20) anos de idade. Estas reuniões também são acompanhadas por Maçons.

                                                                     
A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada no dia 20 de outubro de 1920, na cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos, pela senhora Ethel T. Wead Mick e possui como base o capítulo 42, versículo 15 do Livro de Jó: "Em toda a Terra não se encontraram mulheres mais justas que as filhas de Jó e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos".
Foi organizada com o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebraska, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela do Oriente, de Nebraska e James E. Bednar, o Grande Patrono. O primeiro Bethel (que significa "local sagrado", onde os membros se reúnem) foi instalado no Templo Maçônico de Omaha, Nebraska. Desde então, os Bethéis se multiplicaram por estes países.

Fundadora

Ethel T. Wead Mick, nasceu no dia 9 de março de 1881, na cidade de Atlantic, Iowa, filha de William Henry Wead e Elizabeth Delight Hutchinson Wead, a mais nova dos filhos do casal. Sua mãe, religiosa, lia todas as noites trechos da Bíblia, fazendo sempre referência ao Livro de Jó, e Ethel alimentava a esperança de que tendo uma filha, esta seria: “Justa como uma Filha de Jó”. Fato este que influenciou, no futuro, a criação da Ordem.
Estudou Medicina no Creighton Medical College em Omaha, onde conheceu William Henry Mick, também estudante de Medicina, com o qual se casou em maio de 1904. Deste casamento nasceram duas filhas, chamadas: Ethel e Ruth.

Entre seus hobbies, a Senhora Mick se dedicava ao canto e à pintura a óleo em porcelana chinesa. Colaborava em diferentes clubes de amizades e cívicos. Um desses, a Maçonaria, o que culminou com a criação da Ordem Internacional das Filhas de Jó. Foi Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a 1922, no Bethel #01 dos Estados Unidos, que hoje leva o seu nome, Bethel Wead Mick. Vindo à falecer em 21 de fevereiro de 1957.

Lição de Amor

                                                                              
A Senhora Ethel, recebeu de sua mãe, de religião cristã, lições de literatura e drama encontrados no Livro de Jó, decidindo assim doar parte do seu tempo e talento, para tornar possível a todas as moças compartilharem dos privilégios que ela possuía.
Depois de diversos anos de estudos e considerações, com a participação de seu marido, Dr. William H. Mick, e outros colaboradores, ela fundou a Ordem, em memória à sua mãe, Sra. Elizabeth D. Wead.
O principal objetivo da OIFJ, é reunir moças para aperfeiçoamento do seu caráter, através do desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a Deus e às Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa e Amor para com os pais e familiares.

                                                                                                                                                              
Membros

O Bethel possui o Conselho Guardião, formado por maçons, suas esposas, mães e pais de Filhas de Jó, irmãs (maiores de 20 anos) de Filhas de Jó e Membros de Maioridade (são Filhas de Jó que possuem mais de 20 anos) da Ordem que ajudam as Filhas de Jó na realização de seus trabalhos e por esse Conselho passam todas as decisões que as moças venham tomar. Tem o dever de apoiar os membros e participar de todos os eventos e trabalhos ligados à área administrativa, constitucional e ritualística do Bethel, sem interferir nos mesmos.

Cargos do Bethel

 Honorável Rainha* Primeira Princesa* Segunda Princesa* Guia* Dirigente de Cerimônias
Nomeados:
    * Capelã* Secretária* Tesoureira* Musicista* Bibliotecária* Primeira Mensageira
    * Segunda Mensageira* Terceira Mensageira * Quarta Mensageira * Quinta Mensageira* Primeira Zeladora* Segunda Zeladora * Guarda Interna
 * Guarda Externa * Porta Bandeira * Coral

  BIBLIOGRAFIA 

Obra extraida na Wikipédia Enciclopédia Livre

                  UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS               

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

AS ASAS DOS MAÇONS

                                                           
Existe uma Antiga História, uma Lenda Maçônica, um exemplo de união que devemos observar e nos exemplificar,
já que somos Maçons, ou... será que não somos Maçons?
O  G.'.A.'.D.'.U.'.  estava sentado, meditando sob a sombra de um pé de jabuticaba, lentamente o Senhor do Universo
erguia sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação.
Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso caridoso, feliz,
ao mesmo tempo em que de olhos abertos mantinha um olhar complacente.
Foi então que, das nuvens, surge um de seus Arcanjos vindo em sua direção:
Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias.
É como o pranto de todas as crianças do mundo.
É como o sussurro da brisa.
                                                                         
O Arcanjo tinha asas brancas como a neve, imaculadas.
Levemente desce ao lado do G.'.A.'.D.'.U.'. e ajoelhando a seus pés disse..
Senhor, visitei a vossa criação como me pediste. Fui a todos os cantos, estive no Sul, no Norte, no Oriente e no Ocidente. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças humanas.
Notei que em seus corações havia uma Iniciação, eram iniciados Maçons e que, deste  a cada um destes, apenas uma asa.
Senhor.. Não podem voar apenas com uma asa!
O G.'.A.'.D.'.U.'. na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo:
- Sim.. Eu sei disso. Sei que fiz os Maçons com apenas uma asa.
Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar.
Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessário duas asas para se poder voar.. Para poder ser livres.
Então respondeu o G.'.A.'.D.'.U.'.

                                                                                            
- Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei  aos Maçons apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor. Para  poderem se evoluir levemente..
Para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas: Embora livre, você estará sempre sozinho, ou ser  somente acompanhado.
Como  os pássaros que ao mesmo tempo que estão juntos se debandam.
- Mas os Maçons com sua Única asa, necessitarão sempre de dar as mãos e entrelaçarem seus braços, assim terão suas duas asas. Na verdade,
cada um deles tem um par de asas.
            
                                                                               

Em cada canto do mundo sempre encontrarão um outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre estará se completando, sempre sendo um par.
Dei aos Maçons a verdadeira Liberdade e a cada um dei-lhe também, em Igualdade, uma única asa, para que desta forma, possam sempre viver
em Fraternidade.

                                                                                                                                              






Texto enviado por nosso Irmão Gomes da nossa Loja
Cavaleiros do Templo nº 26

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O QUE FIZ DA MINHA VIDA

                                                  
Fico muitas das vezes me perguntando o que fiz da minha vida. Onde que o meu caminho se perdeu ou se foram as pessoas que me levaram a perde-lo.
O que fiz na minha vida nestes anos que passaram, nas noites que me vi em claro, dando bom dia ao sol, meio que sem graça, no disfarce de uma noite não dormida, na mistura da bebida e da orgia, que hoje  cicatrizam no meu rosto e que percebo em um olhar.
Pensei em ser tantas coisas, médico, advogado, engenheiro, menos rei é claro, mas até um famoso artista eu pensei em ser, mas nada disso aconteceu.
Não foi por falta de conselhos, mas escutar conselhos de velhos dói nos ouvidos, até porque, no auge da juventude, ouvir pessoas que não acompanharam, à época o avanço da  tecnologia e que viviam assistindo todas as novelas que os canais colocavam no ar. Eu achava que não sabiam nada da noite ou da turma, sequer conheciam, como eu, a companhia amorosa que estava ao meu lado e já queriam dar conselhos.
                                                         
                                                                                                                                                                   
Eu realmente não sei onde errei comigo nesta vida. Rezei para papai do céu, acendi charuto de caboclo, gritei Aleluia irmãos, enfim, respeitei todas as religiões dos amigos, se era para fazer um bem eu ia, não importando aonde fosse, mas com tudo isto, não caminhei no progresso de minha vida.
Já vasculhei toda a minha lembrança, percorri a minha infância, passo à passo, cheguei em meus pensamentos cumprimentar todos aqueles que hoje, muitos não existem mais, com tudo isto, não consigo encontrar a ponta desta linha perdida e penso até que se pulei algum tempo, mas também não é fácil, afinal a minha vida era nas caladas, não dava muito alarde ou quase nada de lugares que percorri.
O que faço agora na minha vida sem a tão famosa âncora que todos falam; se dou um passo neste tempo em que me encontro, tremendo só de pensar se irei errar em qualquer nova jornada, neste novo horizonte a seguir ou se aguardo mais um pouco, o tempo não importa, mas preciso decidir.
                                                                                                                     
Abrindo uma porta neste texto, que muitas das vezes cai como luva para algumas vidas, é que agradeço em primeiro lugar a GADU por ter me aceito em suas fileiras e nesta terra a quem  convidou a ser Maçom.
Digo isto, porque em nossos encontros, em nossa Loja, o exercício da busca interior é intenso, nossos irmãos em graus superiores nos testam sem descanso e tudo é muito importante para colocarmos em prática na vida profana, com nossa família, em nosso trabalho e com nossos amigos.

Fechando a porta e retornando ao nosso texto, se a vida me acusar de nenhuma construção, vou dizer que esta errada, construi sim, me casei, tive  filhos, trabalhei dia e noite, como um bom chefe de família para não faltar nada dentro de casa, o necessário na vida de qualquer homem.
O que? Se eu estou satisfeito com esta vida? Bem.... satisfeito na realidade, não, mas não da para voltar, tenho que seguir em frente. 


UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS

Yrapoan machado
Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA

Apenas começamos a conhecer, verdadeiramente, o Egito, a partir de 3200 a.C., não havendo, entretanto, qualquer solução de continuidade entre o período Neolítico da Pré-História e a fase histórica, pois o país revela-se, ao mesmo tempo, antigo e contínuo.  Antes do V milênio, homens vindos do Saara, que, rapidamente, se ressecava, foram se estabelecendo em torno do rio Nilo, nesse verdadeiro oásis, em pleno clima saariano, fértil e cultivável, graças às inundações do rio, regulares e extraordinariamente ricas em húmus. A própria configuração da região tornava precária uma unidade territorial e, assim, havia, inicialmente, uma divisão natural entre o Alto Egito, cercado pelos rebordos dos desertos da Líbia e da Arábia, e o Baixo Egito, formado pelo delta do Nilo, um largo leque, repleto de charcos, que tornavam, muitas vezes, difícil a circulação.
Após um relativamente curto período proto-histórico, assinalado pela predominância de povos asiáticos --- civilizações de El-Obeid e Djendet-Nache, da Mesopotâmia ---  vindos pelo istmo de Pelúsio, uma revolução nacional realizou, do sul para o norte, a unificação do Egito, fundindo, em uma só, as duas coroas: a vermelha, do Baixo Egito, e a branca, do Alto Egito. Iniciou-se, então, a primeira dinastia do chamado Antigo Império, sendo, a capital do país, situada em Tinis, com o rei Menés, também chamado de Manu. A partir da III Dinastia, a capital transfere-se para Mênfis, junto ao Delta do Nilo. Assim, as duas primeiras dinastias foram chamadas de tinitas e as restantes, do Antigo Império, de menfitas.
É durante os reinado da III, IV e V dinastias --- correspondente, no tempo, ao período acadiano da Mesopotâmia, que sucedeu ao período do povo sumeriano, o mais antigo povo civilizado do mundo --- que se encontra o máximo apogeu do Antigo Império. Na III dinastia, o maior rei foi Djeser, assessorado por seu ministro Imotep, que, mais tarde, seria divinizado e assimilado a Esculápio, na época lágida da Grécia arcaica. Na IV dinastia encontramos os construtores de pirâmides: Khufu, Khafra e Menkhaura, chamados pelos gregos, respectivamente, de Quéops, Quéfren e Miquerinos. A V dinastia assinala o início da decadência do Antigo Império, já que, nele, encontra-se o início da teocracia, implantada pelos sacerdotes da cidade de Heliópolis --- nome dado pelos gregos e que significa "cidade do Sol" --- seguidores fanáticos do deus Rá, que suplanta, politicamente, o deus Ftá, de Mênfis. A decadência do Antigo Império iria até à X dinastia, por volta de 2250 a.C., quando há o esfacelamento do Egito e, posteriormente, a supremacia da cidade de Tebas, iniciando-se o Médio Império, sob a direção dos faraós tebanos, dos quais os maiores foram os da XII dinastia, a dos Amenemat e dos Senusret.

O fim do Médio Império é assinalado pela invasão dos hicsos, povo de origem semita, o qual seria responsável pela ida dos hebreus ao Egito. Ao fim do domínio dos hicsos, que foram suplantados pelos faraós tebanos, inicia-se o Novo Império, cujos principais soberanos foram Tutmés III, Ramsés II e Amenófis IV. Este último, que reinou de 1370 a 1352 a.C., passou à História como o soberano que ousou quebrar o excessivo poder dos sacerdotes de Amon, tornando-se um místico do Sol, simbolizado por seu disco (Áton); mudou o seu nome para Aquenáton e mudou a sede do reino de Tebas para Aquetáton ("horizonte do disco"), conhecida pelo nome de Tel-el-Amarna, tentando tornar universal a sua religião solar monoteísta. Seu sucessor, contudo, ainda um menino, pressionado pelo grande poderio do clero egípcio, voltou a Tebas e mudou o seu nome, de Tutancâmon para Tutancâmon, restaurando o culto de Amon e satisfazendo aso verdadeiros senhores do Egito.
Posteriormente, o país seria esfacelado pelas grandes invasões de seu território pelos assírios, persas, macedônios e, finalmente, pelos romanos, quando deixaria de existir como unidade nacional.
Esses rápidos traços históricos mostram uma civilização evoluída, propensa a obras monumentais --- não só as pirâmides, mas também os templos e monumentos funerários de Tebas, Carnac e do Vale dos Reis --- mas totalmente dominada pela classe religiosa e pela propensão à magia. Devido a isso, é discutível a contribuição egípcia no terreno científico e intelectual, embora alguns eruditos de boa-fé e muitos pseudo cientistas tenham acreditado perceber, na construção das pirâmides, as provas de conhecimentos geométricos e astronômicos extraordinários. Na realidade, nenhuma verdadeira ciência poderia ter sido concebida por tais espíritos demasiadamente religiosos e empíricos, como, de resto, aconteceu com todo o Oriente antigo, permanecendo com os gregos o galardão de terem chegado à ciência pura, teórica e desinteressada, pela total desvinculação das práticas de magia e das pressões de uma sociedade teocrática.
Em relação à Maçonaria, autores ocultistas, ou mistificadores, tomam, como base de suas teorias, a Grande Pirâmide, indo contra a conclusão histórica de que ela seria um monumento funerário e afirmando que sua finalidade era abrigar membros de ordens Iniciáticas secretas. A Grande Pirâmide, esse enorme monumento de pedras superpostas, tem, na realidade, muito pouco espaço vazio, ou seja: a Câmara do Rei, uma sala de 50 metros quadrados ; a Câmara da Rainha, no corpo da pirâmide e menor do que a do rei ; a Grande Galeria, um corredor de acesso à Câmara do Rei ; condutos de ventilação e, ainda, uma câmara subterrânea, fora do corpo da pirâmide. Tanto esta câmara, quanto a, erradamente, chamada Câmara da Rainha, eram  locais provisórios, para a colocação do corpo do faraó, caso ele viesse a falecer antes da construção total do monumento. Na Câmara do Rei foi encontrado um sarcófago de granito vermelho, sem inscrições e sem tampa ; e suas paredes também não mostravam nenhuma inscrição, ou desenho. Além das duas câmaras serem bastante diminutas, em relação ao enorme corpo da pirâmide, foram encontradas, sobre a Câmara do Rei, cinco salas bastante baixas e com seis metros de largura, que serviriam de amortecedores para aliviar o teto da Câmara da tremenda pressão exercida por toneladas de pedra e, também, para que, em caso de algum cataclismo, que despedaçasse  a cúpula da pirâmide, as pedras não caíssem no interior da Câmara. Isso mostra a preocupação com o conteúdo da Câmara do Rei, que só poderia ser o corpo do grande governante, dado o costume egípcio de proteger bastante os despojos de seus mortos ilustres, devido à crença na sobrevivência integral, ou seja, de corpo e de espírito.

                                                           
Todavia, aqueles que querem fazer crer que a Grande Pirâmide era usada para a prática de ritos iniciáticos (Leadbeater, Paul Brunton e outros), aproveitam-se do fato de o sarcófago da Câmara do Rei encontrar-se vazio e de não existirem as inscrições encontradas em outros túmulo, para contrariar e contestar a finalidade fúnebre da construção. Ora, nenhum outro túmulo faraônico, à exceção do de Tutancâmon, foi encontrado intacto, pois, além dos roubos dos objetos de ouro e pedras preciosas, os próprios corpos mumificados foram retirados dos sarcófagos. Além disso, o hábito de encher as câmaras mortuárias com tesouros e objetos de uso pessoal do morto e de preencher as paredes com inscrições e pinturas, é posterior à IV dinastia do Antigo Império.
Os condutos para ventilação, encontrados nas câmaras, comunicando-as com o exterior, também serviram de base para os especuladores, para contestar a finalidade fúnebre da construção. "Os mortos não respiram, logo não precisariam de ar", alegam eles. Teoria de muita má-fé, esta, pois os operários que trabalharam nas câmaras, durante a construção, necessitavam de ar, já que, sob aqueles imensos blocos de pedra, o fluido vital era bastante rarefeito. Além disso, esquecem-se, os mistificadores, de avisar, aos seus leitores, que, quando os homens do califa Al Mamun (filho de Harun Al Rachid), no ano 820 da era atual, conseguiram entrar na Grande Pirâmide --- ninguém havia conseguido antes --- encontraram os condutos de ar das câmaras intencionalmente obstruídos por pequenas pedras ali colocadas e não caídas ocasionalmente, o que demonstra que eles existiam para os vivos e foram obstruídos quando as câmaras ficaram prontas para a sua finalidade específica.
Também, se lembrarmos que os chamados Mistérios Egípcios eram ritos impregnados de magia, praticados pelos sacerdotes de Ámon-Rá --- culto sincrético, que substituiu o culto aos diversos deuses egípcios, um para cada cidade --- e se lembrarmos que a teocracia só dominou o Egito a partir da V dinastia, enquanto as pirâmides foram construídas durante a IV, fica claro que não se destinaria, nessa época, o exíguo espaço livre da Grande Pirâmide para os culto dos mistérios.
                                                                       

Em relação à Maçonaria, há autores que defendem sua origem egípcia, dizendo que as práticas hebraicas, hoje presentes em alguns ritos maçônicos, foram transmitidas aos hebreus por Moisés, que teria sido iniciado nos Mistérios Egípcios. É provável que Moisés, criado por família nobre, depois de ter sido achado boiando, dentro de um cesto, no rio, tenha tido contato com a classe sacerdotal, aprendendo os rudimentos dos ritos mágicos do clero egípcio; todavia, sendo estrangeiro, é pouco provável que tenha se aprofundado nesses ritos, pois os sacerdotes não permtiriam, como não permitiram a outros estrangeiros, como Platão, Pitágoras, Apuleio e Heródoto, que só tiveram acesso à parte mais superficial dos ritos, os Mistérios Menores. Esclareça-se que o próprio nome de Moisés mostra a sua obscura origem : em egípcio "m´ses", ou "moses", significava filho; assim, ao designar os nomes, a palavra vinha sempre junta com outra, designando a filiação, como é o caso dos nomes de diversos faraós, que se apresentavam como filhos de um deus, como, por exemplo, Ramsés, ou Ramoses (filho de Rá), e Tutmés, ou Tutmoses (filho de Toth); o grande condutor do povo hebreu era apenas "M´ses" (filho).
                                                                          
São poucas as influências da antiga civilização egípcia na Maçonaria atual foi a partir do século XVIII que os símbolos alusivos às antigas civilizações forem sendo introduzidos podendo ser citadas:
    1. As colunas do pórtico do templo, que embora baseadas naquelas existentes no templo de Jerusalém, são egípcias, desproporcionais, e mostrando, estilizadamente, as duas plantas sagradas do Antigo Egito: folhas de papiro e flores de lótus. São colunas, como as egípcias, sem função de sustentação, como as colunas gregas, cuja função --- principalmente no caso da coluna dórica --- era suportar o peso de um entablamento. Nesse ponto, os hebreus imitaram os egípcios, ao colocar, no pórtico do templo de Jerusalém, colunas livres, sem função de sustentação e erigidas no sentido de homenagear ancestrais (como é o caso de Boaz e Iachin, ancestrais hebreus).
    2. A abóbada estrelada, encontrada em muitos templos maçônicos, tem origem na arte templária do Antigo Egito. Os templos egípcios representavam a Terra, da qual cresciam as colunas (dezenas e centenas delas), como gigantescos papiros, em direção ao céu estrelado. Em Luxor ainda existem templos relativamente bem conservados, onde pode ser vista essa decoração estelar.
    3. A lenda de Osíris (o Sol) e de Ísis (a Lua) também deve ser considerada como a precursora da lenda do artífice Hiram Abi, ensinada no terceiro grau maçônico. De acordo com a lenda egípcia --- em rápidas pinceladas --- Osíris, morto por seu irmão Seti, teve o seu corpo encontrado por Ísis, que o escondeu. Seti, ou Tifão, encontrando corpo, esquartejou-o e o dividiu em quatorze pedaços, que foram espalhados pelo Egito. O corpo, todavia, foi reconstituído por Ísis e, redivivo, passou a reinar, tronando-se o deus e o juiz do reino dos mortos, enquanto seu filho Hórus lutava com Seti e o abatia. Essa lenda, inclusive, não é totalmente egípcia, pois, com pequenas variações, fazia parte do patrimônio místico de todos os povos da Antigüidade, como um mito solar ; na realidade, Osíris (o Sol), é morto por Seti (as trevas) no 17º dia do mês egípcio Hator, que marca o início do inverno; e revive no início do verão.

A obra trata da influência de antigas civilizações para a concretização da doutrina maçônica e de seu ritualismo.   

                                             "A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações"
1a. edição: Editora Resenha Universitária - S. Paulo - 1977
2a. edição: Traço Editora - S. Paulo - 1980. 

A obra trata da influência de antigas civilizações para
a concretização da doutrina maçônica e de seu ritualismo.
José Castellani

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A GÊNESE DOS RITOS

                                                                              
Conceituamos rito como sendo um cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade, determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, designa culto, religião ou seita. Maçonicamente é a prática de se conferir a Luz Maçônica a um profano, através de um cerimonial próprio. Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, uma imensidade de ritos surgiram. Mas, de 1356 a 1740, existiu um rito apenas, ou melhor um sistema de cerimônias e práticas, ainda sem o título de Rito, que normatizava as reuniões maçônicas. Somente a partir de 1740 é que uma infinidade de ritos varreu o chão maçônico da Europa. Para evitar heresias, um Rito deve ter conteúdo que consagre algumas exigências bem conhecidas: o símbolo do Grande Arquiteto do Universo, o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso sobre o altar dos juramentos, sinais, toques, palavras e a divisão da Maçonaria Simbólica em três graus. Não há nenhum órgão internacional para reconhecer ritos. Acima do 3º Grau, cada Rito estabelece sua própria doutrina, hierarquia e cerimonial.

Um rito maçônico, usando simbolismo próprio, é um grande edifício. Deve ter projeto integrado, dos alicerces ao topo. Cada rito possui detalhes peculiares. A linha maçônica doutrinária, em cada Rito, deve ser contínua, dos graus simbólicos aos filosóficos. Cada Rito é uma Universidade doutrinária.


Os Ritos praticados no Brasil
                                                                                     
Conforme observamos, existem muitos Ritos Maçônicos praticados em todo o mundo. No Brasil, especificamente, são praticados seis, alguns deles reconhecidos e praticados internacionalmente e outros com valor apenas regional. São eles, o Rito Schröeder ou Alemão (pouco praticado no Brasil), o Rito Moderno ou Francês, o Rito de Emulação ou York (o mais praticado no mundo), o Rito Adonhiramita, o Rito Brasileiro e o Rito Escocês Antigo e Aceito (o mais praticado no Brasil). 

                                                                                                                                                                        
O RITO SCHRÖEDER
                                                  
Foi criado por Friedrich Ludwig Schröeder que, ao lado de Fessler, foi um dos reformadores da Maçonaria alemã. De acordo com o prefácio do ritual editado em 1960 pela Loja “ABSALON ZU DEN DREI NESSELN” (Absalão das Três Urtigas), Schröeder introduziu o rito em sua Loja a 29 de junho de 1801 e esse rito, desde logo, conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha e em outros países onde passou a ser praticado, principalmente por maçons de origem alemã. É um rito muito simples e trabalha, como o de York, apenas na chamada “pura Maçonaria” ou seja, na dos três graus simbólicos, já que não possui Altos Graus. No Rito Schröeder a expressão “Grande Arquiteto do Universo” é usada no plural – “Grande Arquiteto dos Universos (G. A.DD.UU.).

O RITO MODERNO

 Criado em 1761, foi reconhecido pelo Grande Oriente da França em 1773. A partir de 1786, quando um projeto de reforma estabeleceu os sete graus do rito – em contraposição ao emaranhado dos Altos Graus da época -, ele teve grande impulso espalhando-se por toda a França, pela Bélgica, pelas colônias francesas e pelos países latino-americanos, inclusive pelo Brasil. Já no início do século XIX, o Grande Oriente do Brasil – primeira Obediência brasileira – foi fundada em 1822, adotando o Rito Moderno, antes do Rito Escocês que só seria introduzido em 1832. Em 1817 houve a grande reforma doutrinária que suprimiu a obrigatoriedade da crença em Deus e da imortalidade da alma, não como uma afirmação do ateísmo, mas por respeito à liberdade religiosa e de consciência, já que as concepções religiosas de uma pessoa devem ser de foro íntimo, não devendo ser impostas. O Grande Oriente da França, que acolheu a reforma, queria demonstrar com isso o máximo de escrúpulos para com os seus filiados, rejeitando toda e qualquer afirmação dogmática. Essa atitude provocou uma rápida reação da Grande Loja Unida da Inglaterra que rompeu com o Grande Oriente da França. O caso envolveu não apenas uma questão doutrinária como ainda político-religiosa.

O RITO YORK
                                                                         
É considerado bastante antigo. A Grande Loja de Londres, durante muito tempo após a sua fundação, teve uma influência muito limitada, pois a grande maioria das Lojas britânicas continuava a respeitar as antigas obrigações, permanecendo livres sem aderir ao sistema obediencial. O centro de resistência à Grande Loja era a antiga Loja de York, de grande tradição operativa e que dava aos membros da Grande Loja o título de “Modernos”, enquanto eles próprios se autodenominavam “Antigos”, pelo respeito às antigas leis. O que os Antigos censuravam nos Modernos era a descristianização dos rituais, a omissão das orações e da comemoração dos dias santos, contrariando assim os mandamentos da Santa Igreja (Anglicana). O cisma entre os Antigos e Modernos durou até 1813, quando as duas Grandes Lojas fundiram-se formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, que adotava o Rito dos Antigos de York. A Constituição desse Supremo Órgão foi publicada em 1815. O rito não possui Altos Graus, tendo além dos três simbólicos, uma quarta etapa designada de “Real Arco”, que é considerada uma extensão do Mestrado. O Rito de York, por ser teísta, está mais ligado aos países onde os cultos evangélicos predominam, pois o clero desses cultos tem dado à Maçonaria o apoio e o suporte necessário para a sua evolução e crescimento.

O RITO ADONHIRAMITA 
                                                                                         
nasceu de uma polêmica entre ritualistas em torno de Hiram Abif, chamado de ADON-HIRAM (Senhor Hiram) e ADONHIRAM, o preposto das corvéias, depois da construção do Templo de Jerusalém, de acordo com os textos bíblicos. O rito, depois de uma época de grande difusão, acabou desaparecendo. Todavia, no Brasil (onde foi o primeiro rito praticado), ele permaneceu, fazendo com que o país seja hoje o centro do rito, que teve seus graus aumentados de treze para trinta e três. O Rito Adonhiramita é deísta.



O RITO BRASILEIRO                                                                                                  
Teria sido criado em 1878, em Pernambuco, mas tem sua existência legal a partir de 23 de dezembro de 1914, quando foi publicado o Decreto nº. 500, do então Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, Lauro Sodré, fazendo saber que, em sessão do Conselho Geral da Ordem havia sido aprovado o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compunham o Grande Oriente do Brasil. Depois o Rito desapareceria, para ressurgir em 1940 e novamente em 1962, praticamente desaparecer, até que em 1968, o Decreto nº. 2.080, de 19 de março de 1968, do Grão-Mestre Álvaro Palmeira, renovava os objetivos do Ato nº. 1617 de 3 de agosto de 1940, como o marco inicial da efetiva implantação do Rito Brasileiro. A partir daí, o rito teve grande crescimento no país.
 
O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
                                                                           
Começou a nascer na França, quando Henriqueta de França, viúva de Carlos I, decapitado em 1649, por ordem de Cromwell, aceitou do Rei Luís XIV asilo em Saint-Germain-en-Laye, para lá se retirando com seus regimentos escoceses e irlandeses e os demais membros da nobreza, principalmente escocesa, que passaram a trabalhar pela restauração do trono, sob a cobertura das Lojas, das quais eram membros honorários, o que evitava que os espiões de Cromwell pudessem tomar conhecimento da conspiração.Consta que Carlos II, ao se preparar para recuperar o trono, criou um regimento chamado de Guardas Irlandeses, em 1661. Esse regimento possuía uma Loja, cuja constituição dataria de 25 de março de 1688 e que foi a única Loja do século XVII cujos vestígios ainda existem, embora os stuartistas católicos devam ter criado outras Lojas. O termo “escocês”,  já a partir daquela época, não designava mais uma nacionalidade, mas o partido dos seguidores dos Stuarts, escoceses em sua maioria. Assim, após a criação da Grande Loja de Londres, em 1717, existiam na França dois ramos maçônicos: a Maçonaria escocesa e stuartista, ainda com Lojas livres, e a inglesa com Lojas ligadas à Grande Loja. A Maçonaria escocesa, mais pujante, resolveu, em 1735, escolher um Grão-Mestre, adotando o regime obediencial, o que levaria à fundação da Grande Loja da França (Grande Oriente de 1772), embora esta designação só apareça em 1765. O escocesismo, na realidade, só se concretizou com a introdução daquilo que seria a sua característica máxima, os Altos Graus, através de uma entidade denominada “Conselhos dos Imperadores do Oriente e do Ocidente”. Este Conselho criou o Rito de Héredom, com 25 graus, o qual, incorporado ao escocesismo, deu origem a uma escala de 33 graus, concretizada do primeiro Supremo Conselho do Rito em todo mundo. O REAA, por ter sido um rito deísta, não foi unanimemente aceito nos países onde predominavam as Igrejas Evangélicas e vicejou mais nos países latinos onde predomina o Catolicismo. É necessário explicar que atualmente o caráter deísta do Rito Escocês Antigo e Aceito misturou-se ao teísmo, sendo que este acabou sendo predominante. O REAA tem o mesmo forte caráter teísta do Rito de York.

                                                                         
                  Conclusão: A Unidade na Diversidade
A Maçonaria se caracteriza pela diversidade e sempre admitiu a pluralidade de ritos. O Sistema do Rito Único, caso existisse, não seria um bom sistema. A Ordem reuniu sistemas diversos formando uma unidade superior, perfeitamente caracterizada que é a Doutrina Maçônica. A Maçonaria convive com muitos ritos, uns teístas, outros deístas sem esquecer os agnósticos. Afinal, há muitas maneiras de se relacionar com Deus. Mas há um detalhe: o maçom não pode ser ateu. Em decorrência deste ecletismo, as manifestações maçônicas disseminadas no mundo ao longo do tempo, apresentam-se com grande diversificação, havendo Unidade na Diversidade. É possível que a máxima “E PLURIBUS UNUM” (A Unidade na Diversidade), inscrita no listel que envolve a parte superior do Selo dos EUA seja de origem maçônica. Afinal, todos os chamados “pais da pátria” daquele país foram maçons, a começar por George Washington.

                                 UM VERDADEIRO LEGADO MAÇÔNICO

Referências Bibliográficas:
 www.freemasons-freemasonry.com/galdeano_ritos.htm
1. CASTELLANI, José. Curso Básico de Liturgia e Ritualística. Londrina, Ed. “A TROLHA”, 1991;
2. FARIA, Fernando de. Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. “O SEMEADOR” nº 8 (2ª fase) Jul-Dez 1990
3. OLIVEIRA, Arnaldo Assis de. Escocesismo. Trabalho para aumento de salário no Ilustre Conselho de Kadosch nº 22, 1992;
4. “EGRÉGORA” nº. 1/Jul-Ago 1993; nº. 2/ Set-Nov 1993; nº. 3/Dez 93-Fev 1994; nº. 4/Mar-Mai 1994; nº. 5/Jun-Ago 1994.

OS PEDREIROS - PARTE III

Espiritismo e Maçonaria

    “O homem sério e prudente é mais circunspecto; não somente quer ver tudo, mas ver muito e muitas vezes”   Allan Kardec 
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) mais conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec, teria sido iniciado na Grande Loja Escocesa Maçônica de Paris. Suas obras teriam, principalmente na parte inicial, introdutória, muitos termos do jargão maçônico e da doutrina maçônica.
León Hippolyte teve formação acadêmica em matemática e pedagogia, interessando-se mais tarde pela física, principalmente o magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a elaboração de obras de cunho educacional. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita.
Segundo alguns biógrafos, depois de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixado por algum tempo o castelo de Yverdon para estudar medicina na faculdade de Lyon. Vivia a França o período da restauração dos Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e católica, que ele se sentiria desambientado. Lyon ofereceu em todos os tempos asilo às idéias liberais e as doutrinas heterodoxas. Martinismo e Franco-Maçonaria, Carbonarismo e São-Simonismo vicejam entre suas paredes.
O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".
Então León Hippolyte ao assumir o pseudônimo de Allan Kardec e assumir a tarefa de codificação da doutrina espírita, fez a opção pelos diversos elementos básicos da nova revelação apresentados pelos espíritos superiores.
                                                                                           
Budismo, Hinduísmo e Maçonaria

    "O ódio não termina com o ódio, mas com amor" BUDA
                                                                                       

Imagem que ilustra Siddhartha Gautama passando suas palavras a seus seguidores, após ter atingido o Nirvana, à sombra de uma figueira.
A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contato com o budismo. Ela, da mesma maneira, pugna pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Embora com algumas ligeiras modificações, as Quatro Nobres Verdades e os Oito Nobres Caminhos estão presentes em toda a extensão da doutrina maçônica, que ensina, aos iniciados, o desapego às coisas materiais e efêmeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do procedimento correto e das palavras verdadeiras.
O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria, não existe no budismo, pois, para este, não existe começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, seus livros sagrados). Para o Rig Veda, o texto máximo do hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão, imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.
O budismo é uma religião e filosofia que engloba um conjunto de crenças, tradições e práticas baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (páli/sânscrito "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu sua filosofia no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos IV e VI a. C.. Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas idéias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento, alcançando o Nirvana e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento. Alguns mestres budistas, porém, ensinam que o Nirvana é uma percepção, um insight e não um estado, pois nem todas as escolas do budismo creem em reencarnação.
Para explicar a presença de budistas na Ordem maçônica, já que para ser maçom, é condição essencial é à crença num Ser Supremo Criador de todos os mundos e para o budista, não existe um Deus criador. É preciso entender que na realidade o conceito de GADU como entendemos na Maçonaria não existe no Budismo. Para o qual não há princípio nem fim, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo(forma mais requintada do hinduísmo), que são as mais antigas religiões da Índia e originárias da religião védica.
Além disso, há, no budismo, um profundo respeito por todas as criaturas vivas, fazendo com que os adeptos da doutrina considerem como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz, harmonia e fraternidade com seus semelhantes.
                                                                         
Maçonaria e Sociedade

A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.

A Revolução Americana(1767) e Revolução Francesa(1789) despertaram nos povos do mundo um sentimento de liberdade nunca antes experimentado.

A divulgação dos direitos do homem e da idéia de um governo republicano inspirou a Maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular. As idéias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política. A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que seja a sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os adeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação.

Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizados por suas Assembléias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.
                                          
Iluminismo
                                                                    
Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.

O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
Devido a formação intelectual e a autonomia que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em assembléia conforme a deliberação de seus associadas, não podemos falar em influência da Maçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como aconteceu no Brasil quando haviam lojas ou grupos de Lojas a favor da republica e outras lojas ou grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o segundo Império. Essas posições, aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade maçônica porque ambos os mencionados sistemas políticos limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou o rei.
Iluministas se filiaram às Lojas Maçônicas como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro, apropriado para a discussão de suas idéias, principalmente no século XVIII quando os ideais libertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na Europa continental. e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do Iluminismo e que este por sua vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.

O lema, ou o símbolo, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de palavras que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico e que, se atingidas, levariam a um alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria, o que é evidentemente utópico, como a nosso ver o são todos os lemas. A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na cultura maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do período Napoleônico.

Principais iluministas maçons
                                                                                    
     Immanuel Kant (1724 a 1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral. um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

    O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão!
                        esse é o lema do Iluminismo  - Immanuel Kant em 1784
                            
                                                                                
    Voltaire (1694 a 1778) - foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês, conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.

     
                                                                   
Marquês de Pombal (1699 a 1782) - foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.
     
                                                                              
Montesquieu , senhor de La Brède ou barão de Montesquieu (1689 a 1755) - foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.





 BIBLIOGRAFIA
Todos os textos para a criação das 03 Peças de Arquitetura denominadas OS PEDREIROS I , II e III foram extraidas da Wikipédia enciclopédia livre.