CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






terça-feira, 12 de abril de 2011

O QUE É RITO ?

Algo muitas vezes difícil de compreender tanto para os profanos como para os Maçons é a multiplicidade de ritos praticados pela Augusta Ordem. Os primeiros estão naturalmente desculpados uma vez que não entendem a não aplicabilidade da noção geral de rito à particularidade deste termo na Maçonaria. Os segundo são geralmente vítimas, dado pertencerem a uma obediência que trabalha num só rito (o que não é uma falta) mas que padecem de falta de instrução adequada enclausurando-os no sistema iniciático que os viu nascer sem a subsequente educação necessária. Ora a Iniciação Maçónica é um acto libertador pois que graças ao trabalho em Loja nos leva aos confins do Universo! Então o que é um Rito? Uma definição muito profanadir-nos-ia tratar-se de um hábito cuja origem tem pouca importância, por vezes mesmo inexplicável, que rege certas fases da vida. Isto vale para a vida familiar, a vida profissional, (gestos dos artífices), a vida espiritual…. Mais significativa é a definição que se reporta ao espiritual, que entre outros nos diz: «conjunto de cerimónias em uso nas comunidades religiosas; organização tradicional das cerimónias».Esta definição é que nos interessará uma vez que situa o Rito no espaço-tempo sagrado onde os iniciados evoluem. 
 
A Maçonaria transmite o seu conhecimento esotérico progressivamente permitindo que quem a procura tenha tempo de a digerir : faz-se por graus. Graus de conhecimento, concretamente, graus hierarquizando os Maçons na escada dos meios de aquisição que lhes é posta à disposição. Cada um destes graus comporta cerimónias de recepção, provas, discursos e instruções que só são valiosos e eficazes numa única condição: têm que se encadear entre eles numa perfeita coerência dialéctica. Portanto o encadeamento dos graus de conhecimento de um método particular, na Maçonaria define-se como UM RITO. A ideia de coerência é fundamental, primordial, e condiciona a existência espiritual do Rito maçónico. Tomemos por exemplo o R.E.R com uma Iniciação em seis graus, onde o primeiro constitui o Beabá e o sexto o toque final. Portanto não será bom ou mesmo correcto interromper no grau de Companheiro e prosseguir a progressão num rito de coloração completamente diferente como por ex. no Memphis-Misraim sem que se tenha recomeçado ab initio toda uma educação, sob orisco de uma dissolução completa do conhecimento Iniciático adquirido. Os meus Irmãos responder-me-ão que não é proibido mudar para um rito que parece corresponder melhor às suas necessidades espirituais precisas. Certo, mas prudência, e perseverança... Já muito jovens maçons na sua ânsia de mudar de rito muito rapidamente se vieram a perder numa implosão radical ao nível do plano mental e espiritual.
Porquê a pluralidade dos Ritos?
Apesar de difícil confirmação julga-se que a nível mundial existiram em tempos cerca de 480 ritos maçónicos diferentes. Tal cenário fez com que eminentes movimentos maçónicos ao longo da sua história tenham tentado uniformizar os Ritos. Entre 1717 e 1823 a Grande Loja de Londres tornou-se na Grande Loja Unida de Inglaterra e esforçou-se por uniformizar a Maçonaria, impondo progressivamente ao conjunto de Lojas que trabalhavam sob a sua jurisdição um método de trabalho que reduzia os rituais às bases estritas simbólicas das profissões de construtores. De facto constata-se que este esforço deu os seus frutos na Inglaterra que pratica o rito de Emulação em cerca de 95% das suas Lojas….. Com um espírito completamente diferente e menos organizado, o Grande Oriente da França também tentou a uniformização das práticas rituais, com a finalidade de aproximar os seus membros. O que veio quase praticamente a ser conseguido….- mas só no seu seio… Com efeito, aquilo que à cerca de 150 anos atrás parecia uma federação de ritos bem definidos, do Francês Moderno ao Escocês Antigo e Aceite, do Escocês Rectificado ao Misraim de Bedarride, veio a transformar-se numa simples federação de lojas que praticam uma versão muitolivredo Rito Francês, de resto muito variável de Loja para Loja.
 
Portanto atente-se que a reforma inglesa que pretendeu revolucionar e uniformizar suavemente a Babilónia Maçónica, só conheceu sucessos notórios na Escócia e Irlanda, mas não conseguiu influenciar os novos países de cultura britânica que surgiram nos séculos XVII e XIX. A implantação do rito de Emulação nos países latinos e na França só conheceu um sucesso diminuto. O mesmo se veio a passar com o Grande Oriente da França relativamente aos países francófonos. Esta dicotomia reformista chegou mesmo a ter efeitos perniciosos, com os ingleses a retirar o reconhecimento aos irmãos do Grande Oriente em 1877, data em que o espírito laico que pulsava nas terras da Gália levou a Obediência a permitir a livre escolha de invocar ou não o G.A.D.U. Então como acreditar na cacofonia ritual que mais do que unir parece levar à desunião dosfilhos da viúva ? A resposta é simples: um sueco médio e um português médio não reagem da mesma maneira perante a mesma situação. Uma população tradicional possui um florilégio de culturas, de mentalidades e de cuidados espirituais próprios. Isto parece uma argumentação pouco simplória para alguns, mas como se explica a nascença de um Rito Sueco na Suécia, e que por exemplo a França só conheça trabalho assíduo no Rito Francês? O primeiro responde com a Iniciação à demanda de uma população de forte componente luterana, a uma história rude, e por tal uma dialéctica muito cristã e muito impregnada por uma vertente calvaleiresca. O segundo faz eco a uma cultura mais latina, menos militarista, de um eclectismo mais marcado por uma ligeira atracção ao misterioso, a um clerocatólico mais propenso a uma influência moral e espiritual mais diminuta. Mais subtilmente dito, o francês poder-se-á sentir mais atraído para os trabalhos operativos e teúrgico dos santuários herméticos de Memphis e Misraim, enquanto que o outro, o sueco,se envolvena busca da moral e estabilidade mais prosaica, preferindo abandonar-se totalmente ao duro e longo caminho da aprendizagem do Rito de York.
Apesar de tudo a Torre de Babel Maçónica é Una!
Ela é Una porque todos os povos que a construíam partilhavam os mesmos ideais em múltiplas línguas. A Maçonaria é constituída por homens diferentes perante o Eterno. Os Maçons utilizam os seus meios limitados e as suas contingências locais na busca da Palavra Única. Esta busca sublime em todos os Ritos, longe de ser desacreditada pela oposição permite o acesso de cada um a um método de regresso à Palavra Única transcendendo rivalidades e incompreensões. É por isso que um Rito Maçónico, seja ele qual for, parte sempre de uma aprendizagem alegórica da Arte Real, passa pelo desaparecimento do Respeitável Mestre Hiram e dos seus segredos, e continua-se por uma aventura que nos conduzirá a encontrar algo de ainda mais sublime. E apesar de alguns Ritos ignorarem mesmo a pessoa de Hiram, as forças postas em movimento serão sempre da mesma natureza.
 
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence aos valorosos IIRR.'. Edgar Gencsi, M.’.M.’.. R.’.L.’. Miramar, nº 36 a Or.’. de Matosinhos, G.’. L.’. R.’. P.’. 

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                           
                                                                           

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O QUE SE FALA DA MAÇONARIA

Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras. Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês. 
            
Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.
                     
Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense. Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.           
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do  rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia:

“Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

SEM CAÇA ÀS BRUXAS
Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”
 
Ligações perigosas
Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903.  Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

BIBLIOGRAFIA
Texto enviado por nosso Venerável Mestre da Cavaleiros do Templo nº 26 Ailton de Oliveira
Fonte: Cristianismo Hoje - editado por Marcelo Barros – site: www.inforgospel.com.br

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

terça-feira, 5 de abril de 2011

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL


Atualmente, observamos como a Maçonaria no mundo tem apresentado seu declínio, seja por falta de interesse dos profanos bem como o desinteresse de nossos Irmãos que se retiram voluntariamente ou de forma obrigatória das fileiras maçônicas, e muitas vezes sem alcançar o mestrado. Nossa Ordem envelhece, e os novos irmãos, que interessados estão, não encontram motivação para fortalecer as colunas de nossas Oficinas. No Brasil, isto se apresenta claramente. As causas principais tem sido a constante confrontação de interesses e, a falta de respeito às verdadeiras e autênticas tradições maçônicas. Dirigentes ocupam cargos em situações não muito claras, e muitas vezes sem preparação para ocupar os mesmos.

Muitos de nossos irmãos observam a maçonaria como uma instituição social, confundindo com Clubes de Beneficência. Nossas reuniões se encontram, dia a dia, com a falta da verdadeira intenção de nossos rituais. Ante esta preocupação, decidimos fazer algo, conscientes da difícil tarefa de empreender um projeto que resgatasse nossas Augustas Tradições. Sabemos que este não é um problema isolado, em cada região do mundo está ocorrendo o mesmo. Porém há irmãos tratando de encontrar a solução. Demos o primeiro passo na busca de criar uma consciência maçônica, da necessidade de recuperar nossa instituição. De sentirmos mais contentes de participar em nossos trabalhos, contentes de usar nossos aventais, de usar fielmente nossas ferramentas, de ser pontuais com o cumprimento de nossas obrigações, de construir uma maçonaria forte e reconhecida por todos. Não é nosso propósito disputar, com nenhuma organização, jurisdição maçônica, nem território algum.
Somos maçons praticando uma maçonaria séria, não membros de um clube social
Sabemos que muitos sentem na própria carne, os motivos que nos levaram a dar este passo, também alguns não se atreverão, para não perder suas prerrogativas. Não julgaremos, e seguiremos unidos dentro de nossos laços fraternais. Este ato, não é o resultado da rebeldia inoportuna ou por falta de êxito dentro da instituição, nem por descontentamento com irmãos. É simplesmente de não conformar de ver desaparecer os valores desta instituição, que tanto deu pela Humanidade. Nossa luta é resgatar a unidade e a fraternidade dentro das tradições herdadas. Aqueles respeitáveis Irmãos, que decidirem voluntariamente de acompanhar-nos, serão reconhecidos como verdadeiros e livres maçons, e a reunificação e o respeito de nossa instituição será a melhor recompensa.

Aos que, pelo contrário, decidam nos atacar e nos colocar obstáculos no caminho a seguir, também os agradecemos desde já, por que nos farão cada dia mais fortes e decididos a continuar adiante. Nosso único fim, é poder ter uma maçonaria sólida em suas bases, onde reine a verdadeira harmonia, a fraternidade de seus membros. Que a filosofia maçônica e a caridade voltem a ser praticadas em nossas Oficinas. Respeitáveis irmãos, nosso coração está aberto para todas as Lojas e irmãos que desejam recuperar o caminho das verdadeiras tradições maçônicas.
                               

A Grande Loja Regular de São Paulo, se coloca à disposição para esclarecer  cada uma das inquietudes que possam surgir, como manteremos abertos todos os canais possíveis de comunicação com os maçons brasileiros, com o propósito de os manter informados de tudo quanto acontece nesta Grande Loja, bem como nos países irmãos. Agrademos sua atenção e consideração, e nos despedimos com a certeza de nos encontrar novamente entre o esquadro e o compasso.



 BIBLIOGRAFIA
CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL - C:.M:.R:.B:.
Recebam meus QQ.'. IIr.'.  um Tríplice e Fraternal Abraço.
Ir.'. Uataú Brasil de Azevedo GM - Grande Loja Regular de São Paulo
Ir.'. Wagner da Silva Gênio GMA - Grande Loja Regular de São Paulo
site: www.cmrb.com.br/contato.html

                                                                                     UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO