
Feuerbach não nega Deus, apenas o reconduz àquilo que considera ser a sua verdadeira personalidade, o homem. O homem é o criador de todos os Deuses ou, dito por outras palavras, o sujeito de qualquer religião só pode ser humano. Ele afirma que foi este pressentimento que levou a teologia ortodoxa a inventar um Deus homem – Cristo. Não sendo a maçonaria uma religião, nem sendo sua missão unificar credos religiosos diferentes, não existe, portanto, um Deus maçônico único e a crença em Deus tal qual apresentada pelos teólogos, não deve ser a pedra basilar do edifício filosófico, doutrinário, da maçonaria, mas sim o princípio humanístico da evolução incessante pelo qual a crença do Grande Arquiteto do Universo, que o maçom não conhece, mas concebe em seu imaginário, traduz uma idéia de entidade dinâmica, produto de postulados abstratos revestidos de atributos humanos e que, na realidade, são projeções da própria essência humana e, nesta medida, há uma identidade essencial com o Deus admitido nas religiões.



Cito as Teses de Marx sobre Feuerbach.
Teses sobre Feuerbach Karl Marx 1845
Teses sobre Feuerbach Karl Marx 1845

3- A doutrina materialista de que os seres humanos são produtos das circunstâncias e da educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de outras circunstâncias e de uma educação mudada, esquece que as circunstâncias são transformadas precisamente pelos seres humanos e que o educador tem ele próprio de ser educado. Ela acaba, por isso, necessariamente, por separar a sociedade em duas partes, uma das quais fica elevada acima da sociedade (por exemplo, em Robert Owen). A coincidência do mudar das circunstâncias e da atividade humana só pode ser tomada e racionalmente entendida como práxiss revolucionante.
4- Feuerbach parte do fato da auto-alienação religiosa, da duplicação do mundo no mundo religioso, representado, e num real. O seu trabalho consiste em resolver o mundo religioso na sua base mundana. Ele perde de vista que depois de completado este trabalho ainda fica por fazer o principal. É que o fato de esta base mundana se destacar de si própria e se fixar, um reino autônomo, nas nuvens, só se pode explicar precisamente pela autodivisão e pelo contradizer-se a si mesma desta base mundana. É esta mesma, portanto, que tem de ser primeiramente entendida na sua contradição e depois praticamente revolucionada por meio da eliminação da contradição. Portanto, depois de, por exemplo a família terrena estar descoberta como o segredo da sagrada família, é a primeira que tem, então, de ser ela mesma teoricamente criticada e praticamente revolucionada. 5- Feuerbach, não contente com o pensamento abstrato, apela ao conhecimento sensível [sinnliche Anschauung]; mas, não toma o mundo sensível como atividade humana sensível prática.
6- Feuerbach resolve a essência religiosa na essência humana. Mas, a essência humana não é uma abstração inerente a cada indivíduo. Na sua realidade ela é o conjunto das relações sociais. Feuerbach, que não entra na crítica desta essência real, é, por isso, obrigado: 1. a abstrair do processo histórico e fixar o sentimento [Gemüt] religioso por si e a pressupor um indivíduo abstratamente - isoladamente - humano; 2. nele, por isso, a essência humana só pode ser tomada como "espécie", como generalidade interior, muda, que liga apenas naturalmente os muitos indivíduos. 7- Feuerbach não vê, por isso, que o próprio "sentimento religioso" é um produto social e que o indivíduo abstrato que analisa pertence na realidade a uma determinada forma de sociedade. 8- A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismo encontram a sua solução racional na práxis humana e no compreender desta práxis.
9- O máximo que o materialismo contemplativo [der anschauende Materialismus] consegue, isto é, o materialismo que não compreende o mundo sensível como atividade prática, é a visão [Anschauung] dos indivíduos isolados na "sociedade civil". 10- O ponto de vista do antigo materialismo é a sociedade "civil"; o ponto de vista do novo [materialismo é] a sociedade humana, ou a humanidade socializada. 11- Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.
Texto enviado por nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira
BIBLIOGRAFIA
IR.’.. Ubyrajara de Souza Filho e complementado pelo IR.’.. Francisco Maciel, inserindo a contestação de Max aos conceitos humanistas do escritor e filósofo Ludwig Feuerbach
“à luz do humanismo de Feuerbach”Fonte:
Publicado pela primeira vez: por Engels, em 1888, como apêndice à edição em livro da sua obra Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã Clássica, Estugarda 1888, pp. 69-72. Publicado segundo a versão de Engels de 1888, em cotejo com a redação original de Marx.
Traduzido : do alemão por Álvaro Pina.
Transcrito por Fred Leite Siqueira Campos para The Marxists Internet Archive.
Copyright: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1982.
Fonte na web: http://www.marxists.org/portugues/mmaciel escriba.
BIBLIOGRAFIA
IR.’.. Ubyrajara de Souza Filho e complementado pelo IR.’.. Francisco Maciel, inserindo a contestação de Max aos conceitos humanistas do escritor e filósofo Ludwig Feuerbach
“à luz do humanismo de Feuerbach”Fonte:
Publicado pela primeira vez: por Engels, em 1888, como apêndice à edição em livro da sua obra Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã Clássica, Estugarda 1888, pp. 69-72. Publicado segundo a versão de Engels de 1888, em cotejo com a redação original de Marx.
Traduzido : do alemão por Álvaro Pina.
Transcrito por Fred Leite Siqueira Campos para The Marxists Internet Archive.
Copyright: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1982.
Fonte na web: http://www.marxists.org/portugues/mmaciel escriba.
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