CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






terça-feira, 7 de junho de 2011

O DESPERTAR DOS CHACRAS

Quando nos damos conta da existência daquela parte divina dentro de cada um de nós; quando descobrirmos com a emoção mais profunda do coração que nossa Divindade Íntima quer que desvendemos as esferas superiores de nossa Consciência; enfim, quando em nossas viagens internas começamos a responder à inteligência do Pai Íntimo, então sim, como filhos pródigos poderemos nos considerar um Deus, em potencial. A investigação de nossa Alma nos faz conceituar que existem poderes que levariam nossa vida a uma mudança tão radical que os limites de nosso cotidiano se confundiriam com o ilimitado. Com o uso de sons vocálicos, mântricos, podemos conquistar nossa herança mágica, perdida num passado longínquo. Mantras são invocações sonoras que o mago utiliza para harmonizar seu corpo e seus Centros com as forças mais sutis da Natureza.
                                                        


O homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos físicos (olfato, audição, paladar, tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados na grande maioria de nós. Eventualmente, um ou outro sentido suprafísico se manifesta, dando-nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:
Clarividência -  Clariaudiência - Intuição - Telepatia
Viagem Astral - Recordação de Vidas Passadas - Polividência




1.Clarividência: É a Terceira Visão. Com este poder, apresenta-se ante nosso olho interior todo o universo oculto, as dimensões superiores e inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, os desencarnados e as formas-pensamento. Desenvolve-se a clarividência despertando o chacra frontal (entre as sobrancelhas) e trabalhando-se a Ira. As virtudes para se despertar este chacra são paciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com fantasia). A cor deste chacra é azul com matizes de rosa e prata. O mantra para seu despertar é INRI…
                                                                                

2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido podemos escutar a voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das Esferas, compreender cada palavra pronunciada, valorizar a virtude do amor à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra deste sentido é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O mantra é ENRE…


                                                                      

3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do coração. Com este sentido captamos o profundo significado das coisas e ficamos sabendo com antecedência o que fazer. Os místicos afirmam que este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). A virtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO…






4. Telepatia: Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo passamos por ele; isso se chama captação de pensamento, e é despertado com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgar ninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de Solar por ser o acumulador dos átomos ígneos, ou Prana, que vêm do Sol. Aclaramos que a Transmissão das ondas de pensamento se faz por meio do chacra frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e o amarelo.O mantra é UNRU…

5. Viagem Astral: Todos, sem exceção, saímos do corpo físico nas horas de sono. Nossos sonhos são vivências (quase sempre inconscientes) de fatos ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão. Quem de nós, em um dado momento, estando relaxados, de repente nosso corpo sente um leve choque, como que assustados? Na verdade, sem o saber, estivemos saindo gradativamente do corpo físico e voltamos bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder, consegue conversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos templos das igrejas elementais, viajar a qualquer lugar do mundo, acima e sob a terra. Quando todos os chacras, especialmente cardíaco, prostático e hepático, estão em perfeita sintomia com as forças sutis do Cosmos, a saída astral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem trabalhados são a preguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra é FARAON…

6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema nervoso equilibrado, ou seja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados de energias transmutadas. Porém, os chacras ligados a esse poder são os pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtude requerida para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando-se com os chacras pulmonares conseguimos absorver a experiência e o conhecimento acumulados de vidas passadas. A cor é o violeta. O mantra é ANRA…

7. Polividência: É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase espiritual, ou pré-Samadhi. O chacra coronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e saída da Essência. A polividência é a capacidade da nossa consciência (Essência ou Budhata), desligar-se parcialmente de seus sete corpos e penetrar na Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas as sete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM…

Despertando os 7 Chacras
Existem 7 Templos sagrados no mundo astral ligados aos elementos cósmicos e nos conectamos magneticamente a eles por meio de nossos sete principais chacras, batizados no esoterismo crístico de Igrejas do Apocalipse ou Velas do Candelabro do Templo. De acordo com o Yoga, os chacras principais são :

Muládhara (Igreja de Éfeso ou Básico): situa-se entre os genitais e o ânus, e sua raiz fica na ponta da espinha dorsal. Liga-nos ao elemento Terra e seus mantras principais são o IAO e o S (como o silvo prolongado de uma serpente). Os grandes magos afirmam que ao se despertar esse centro dominamos externamente os gnomos e pigmeus, além dos fenômenos telúricos, como terremotos, erosão, pragas de formigas, lesmas e outros. Internamente, desenvolvemos a Paciência, a Diligência e a Laboriosidade. Todos os chacras das pernas (dos joelhos, do descarrego nos calcanhares, das solas dos pés etc.) estão subordinados ao Básico. A Kundalini acha-se encerrada no chacra muládhara e deste chacra emanam quatro Nádis semelhantes a pétalas da flor de lótus. Muládhara é a morada do Tattwa Prittivi (ou, Elemento Etérico da Terra).
     
Swadhishtana (Igreja de Smirna, Prostático; chamado de uterino, nas mulheres): Localiza-se a quatro dedos acima dos órgãos sexuais, no púbis. Seus mantras principais são M e Bhuvar. Com ele trabalhamos o Tattwa Apas, com os elementais das águas, ondinas e nereidas, dominando as nuvens chuvosas, as ondas dos mares, as enchentes e as leis de equilíbrio da natureza (chamadas de Leis do Trogo Autoegocrático Cósmico Comum. É um nome complexo, mas significa Tragar e Ser Tragado, Receber e Doar, Dar para Receber). Interiormente, desenvolvemos a Castidade, a Fidelidade e a compreensão da Prosperidade. Este chacra é o centro de irradiação e controle de outros, como o da bexiga, testículos (ou ovários) e rins.

                                                                                     

Manipura (Igreja de Pérgamo ou Solar): Confere o poder da telepatia. Mas também dominamos o Fogo, e seus seres, as Salamandras e os Vulcanos. Psiquicamente, pode-se dominar os incêndios, as fogueiras, o poder curativo das velas. Seus mantras principais são: U e RAM. Tattwa Tejas. Este chacra domina os chacras secundários e terapêuticos, como do fígado, do baço, do pâncreas, o da boca do estômago etc.

                                                  Anahát (Igreja deTiatira, Cárdias): O chacra cardíaco, por nos ligar aos elementais do Ar, Silfos e Sílfides, Fadas e Elfos, nos dá poderes sobre o vento, os furacões, as brisas, a levitação, o teletransporte. Tattwa Vayú. Também nos confere a compreensão da natureza pela teologia, pelos rituais e a mensagem dos símbolos pela Intuição. O Cárdias controla os chacras pulmonares, os das axilas, dos cotovelos e os das palmas das mãos.


                                                                             
Vishudda, Ajna e Sahásrara (Igrejas de Sárdis, Filadélfia e Laodicéia; Laríngeo, Frontal e Coronário): Auxiliam-nos a trabalhar e compreender as energias cósmicas, superiores, do Ser, como o desapego, a sabedoria, a verdade, a inteligência, a justiça, a misericórdia etc., já que a Loja Branca Atômica de nosso corpo físico situa-se no cérebro. Esses três chacras sagrados têm sob sua influência outros, como o do cerebelo, o “chacra oculto”, os sete chacras especiais que circundam o coronário, o do hipotálamo, do timo, do palato etc.

Enfim, nosso organismo psíquico contém uma fantástica constelação de chacras que nos ligam às mais variadas energias cósmicas e telúricas. Alguns afirmam que nosso corpo astral possui cerca de 10 mil chacras e o corpo mental está estruturado com mais de 200 mil chacras. Isso, sem contar os chacras dos outros corpos. Conhecendo a parte enferma da alma e do corpo, deficiências ou com bloqueios, podemos trabalhar com as salamandras, os gnomos etc. Conhecendo o procedimento ritualístico, os símbolos, os mantras, os nomes das Deidades especialistas em determinadas energias, podemos iniciar um verdadeiro trabalho magístico. O grande segredo é o Conhecimento prático, e não unicamente a teoria estéril.

Prática 1
Procure mais uma vez uma postura de relaxamento e meditação. Imagine que seus chacras tomam a forma de luminosas flores cor de rosa. Dos mantras acima citados (para despertar um dos sentidos paranormais), escolha um deles que você sinta mais afinidade e pratique por cerca de 10 minutos. Visualize que o chacra correspondente ao mantra escolhido se transforma num templo dentro de você. Penetre com a Imaginação Consciente dentro desse templo e sinta a Sabedoria ali contida. Ore à sua Mãe Divina e peça que Ela preencha seu corpo e sua Consciência com Amor, Sabedoria e Força. Lembre-se: cada exercício deve ser praticado por pelo menos uma semana, e todos por toda sua vida. Sinta a energia contida em cada prática. Ao final de cada exercício mântrico, agradeça ao Pai Celestial por mais esta oportunidade de espertar sua Consciência.

Prática 2
Fique de pé, feche os olhos e relaxe seu corpo. Imagine que das solas de seus pés saem gigantescas raízes coloridas e muito fortes. Essas raízes penetram no mais profundo da terra, alcançando as regiões mais inacessíveis do corpo planetário. Invoque a Divina Mãe Terra. Suplique-lhe seus atributos e poderes, tais como saúde, estabilidade, sabedoria, contemplação, compreensão profunda etc. Imagine que tudo o que você pediu está penetrando pelas raízes de seus pés e se espalha por todo o coro e finalmente até sua Alma e sua Consciência.

BIBLIOGRAFIA
Esta fantástica Peça de Arquitetura, foi extraida do "O DESPERTAR DOS CHACRAS" que se encontra no site http://www.gnosisonline.org   "VAMOS MEDITAR MEUS IRMÃOS"
                                                                      
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                                       

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ORAÇÃO AO G.'.A.'.D.'.U



Oh! Grande Arquiteto do Universo, Faça que minhas decisões, meus dias, meus pensamentos, sejam os exatos reflexos dos seus ensinamentos, e que eu possa, assim, caminhar com integridade...
Quando fizer algo em favor dos outros, que meu nome seja simplesmente, como os demais, citado, sendo em tempo algum, jamais exaltado, pois, apenas estarei cumprindo minha obrigação de Maçom. Grande Arquiteto do Universo, fazei com que eu não me sinta inebriado por nada, que minhas palavras brotem do fundo do coração, e não sejam, simples arranjos de letras fabricados em meu cérebro e transmitidos, Apenas para causar comoção!!! Não permita que meu ego aprenda a conjugar somente a primeira pessoa do singular, Incute em meu ser, o sentido do "nós"!!!  Que minhas ações sejam corretas e se difundam, brandamente, por intermédio da minha voz.
Se um dia detiver o poder em minha vida profana,que seja ele manso, digno, algo que não se ufana, posto que é efêmero! Que eu não imponha regras quando ajudar a um irmão, pois deverei fazê-lo com carinho, desprendimento, empolgação, não permita que eu aprenda a julgar... Ensina-me a perdoar, a não guardar ódio em meu coração, pois se assim não for, serei apenas mais um na multidão. Sentimentos como a cobiça e a vaidade, afaste-os do meu caminho. pois, caso contrário, é certo que um dia estarei sozinho.
                                                           
E assim, quando o limite máximo me for imposto, que a serenidade esteja presente em meu rosto, que a alegria do dever cumprido se faça presente. ai então, os amigos haverão de lembrar que pela repetição dos meus atos, colecionei e emoldurei todos os fatos, se não fiz melhor, ao menos tentei. não importa quem eu seja, aprendiz, companheiro, Mestre ou Venerável, devo trazer o rosto sempre afável, pois esta é a verdadeira razão... Gestos, sinais, simbologias, para dar sentido às nossas vidas, muitas vezes, vazias. É Por isso que nos reunimos...



Para tratarmos de assuntos que enlevam o espírito, Para polirmos nossas imensas pedras brutas, Para vivermos em paz, para vencermos nossas lutas... Combater o despotismo, a tirania, os vícios humanos, referimo-nos aos de fora como profanos, e muitas vezes, cometemos as mesmas e velhas falhas!!!

Grande Arquiteto, Obrigado pela oportunidade que eu tive, Obrigado pelos irmãos que ganhei, e, especialmente, por esta vida que passei!!! Se outra oportunidade me fosse dada, se outra vida pudesse ser vivida, se tivesse a opção de escolher, seria eu novamente um membro dessa Loja, Onde se aplicam normas de consciência e retidão, e, assim, teria eu novamente a chance de poder dizer, Que fui um verdadeiro Maçom!!!

BIBLIOGRAFIA
Peça de Arquitetura do valoroso  Irmão Valdemar Sansão, a quem respeitosamente agradecemos pela mensagem exposta na internet para todos os Irmãos, sendo ela, um guia de Luz para um mapa da verdadeira Maçonaria.
Esta Peça foi  extraida do Portal Maçônico Samauma


                                                                       UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                                                           

segunda-feira, 16 de maio de 2011

EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADE

Vivemos em busca de algo que nem sempre sabemos o quê. E baseados nesta busca, passamos a vida fazendo escolhas. Desde cedo somos obrigados a fazer escolhas. Escolhemos com o que vamos brincar, quem será nosso amigo, o que vamos ser quando crescer, que caminho profissional vamos seguir, com quem vamos nos casar. Escolhemos também coisas mais simples, como o que vamos comer, que caminho vamos fazer, com que roupa vamos sair. Mas se pararmos para pensar, veremos que nossa vida nada mais é do que uma grande seqüência de escolhas que fazemos a cada instante de nossa existência. Das mais simples às mais complexas, das mais mutáveis às mais definitivas, as escolhas são a essência de nossa vida. Mas será que escolhemos com consciência e de acordo com nossa própria verdade? Geralmente não. 



É certo que a todo momento criamos nossa realidade. Tudo que nos acontece é fruto de nossas escolhas. Isto porque, em primeiro lugar, uma escolha sempre leva a outras. Além disso, muitas vezes escolhemos sem saber, pois nossos pensamentos e sentimentos possuem mais força do que podemos imaginar. Isto porque pensamentos e sentimentos são vibrações capazes de materializar acontecimentos em nossa vida. E como muitos deles são inconscientes, nem sempre sabemos o quanto estamos materializando determinadas coisas em nossa vida. E tanto os pensamentos e sentimentos conscientes como os inconscientes têm poder. Muitas vezes, os inconscientes têm até mais poder por buscar uma forma de se fazerem presentes. 
   
Querem nos mostrar o que passa dentro de nós mesmos e que sua voz seja ouvida. Acontece que muitos deles também não estão em sintonia com nossa verdade interna. O tempo todo fazemos escolhas baseadas em nossos pensamentos, sentimentos e padrões, e como tudo que acontece em nossa vida é fruto de nossas escolhas, devemos estar mais atentos ao que estamos escolhendo e ao que de fato queremos. Por isso o autoconhecimento é tão importante! Pois quando nos conhecemos e estamos sintonizados com nossa verdade, tudo parece fluir melhor e fica mais fácil encontrar a felicidade verdadeira. E Sempre podemos rever nossas escolhas e mudar o nosso futuro.  Muitas vezes nos lamentamos pensando em escolhas erradas que fizemos no passado. Devemos nos perdoar e seguir em frente. Se escolhemos errado foi porque não tínhamos uma sintonia com nossa essência, com nossa mais pura verdade, fazia parte de nosso caminho e aprendizado.

Temos que nos conscientizar que podemos e devemos escolher o que acontece no “aqui e agora” e no que acontecerá daqui para a frente. É possível escolher diferente. É possível mudar de opinião, de escolha, de caminho. É possível seguir em frente de acordo com o que nosso eu verdadeiro deseja. É ele quem sabe o que é melhor para nós. Para isso, podemos nos auto conhecer e contar também com os sinais que a vida nos dá. Esses sinais vêm através de nossas sensações, dos sonhos, das pessoas que conhecemos e encontramos, e de muitas outras maneiras. Se estamos atentos, fica mais fácil observar o que se passa a nossa volta. Mas é sempre bom lembrar que sintonizamos algo que tenha ressonância com o que estamos emitindo.  Vejo que temos muitas formas de chegar a esta nossa verdade. E uma delas é o mapa astrológico, capaz de nos apresentar ao nosso eu verdadeiro, à nossa própria verdade. Ele nos mostra o caminho a seguir. Nos mostra quem somos e onde queremos chegar. 

Mostra quais nossas motivações e onde nossas escolhas se baseiam: se em fatores conscientes ou inconscientes, se escolhemos de acordo com o que nos é mais fácil ou confortável, se na nossa verdade ou em padrões herdados ou aprendidos etc. O mapa também pode nos mostrar quais os desafios e dificuldades que encontramos em nosso caminho, onde tendemos a esbarrar ao fazer uma escolha e ao buscar nosso futuro. Nos apresenta, também, as oportunidades que temos que aproveitar, além de nos mostrar quais nossos verdadeiros talentos. É como um mapa que nos mostra o caminho do tesouro, que é nossa verdade, nosso bem mais precioso. Quando paramos de escolher baseados no que nos prende, no que não é compatível com nossa essência, tudo começa a fluir em nossa vida e podemos de fato encontrar a felicidade. O caminho pode ser trabalhoso, difícil, cheio de obstáculos. 

Mas sem dúvida vale a pena encontrar-se com aquilo que mais importa em nossa vida: nossa própria verdade. Ao fazermos isso, é como que um milagre estivesse se manifestando. Passamos a fazer escolhas mais conscientes. Conseguimos mudar o que precisa ser alterado, fortalecer o que precisa ser mantido e então estamos prontos para viver em plenitude a nossa felicidade. Por isso, convido todos a fazerem esta busca, a reverem as escolhas e a encontrarem-se consigo mesmos. Vale a pena tentar !
 
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi escrita por Titi Vidal e extraida do blog http://titividal.com.br/ A Caveleiros do Templo parabeniza o autor pelo brilhante tema.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO




terça-feira, 3 de maio de 2011

A CATEDRAL E O APRENDIZ

A construção de uma edificação é algo que envolve muito trabalho, muito empenho, e sobretudo o domínio de técnicas precisas transmitidas por alguém, para quem o ofício já não tenha segredos, para outro alguém ignorante no ofício no qual se iniciou, e com um longo caminho na sua frente rumo à perfeição. O ofício, qualquer um, precisa não só de quem tenha conhecimentos q.b. para nele atuar, mas também de certos utensílios essenciais à realização das tarefas. A tarefa do Aprendiz começa, desde logo, por ser, a identificação desses utensílios: o que são, como se chamam, para que servem, quando se utilizam e finalmente como se utilizam.

O Aprendiz, em regra, alguém que pensaria ter conseguido o mais difícil, isto é, o ingresso no seio de uma comunidade especial, porque diferente de outras, constata ter de se empenhar, pela aprendizagem com uma entrega total, sob pena de, não merecer a confiança nele depositada para aceder ao conhecimento. Estes quatro parágrafos são diretamente aplicáveis a qualquer um, a qualquer sociedade organizada, seja ela de cariz profissional, social, filantrópico, etc. Na antiguidade, já os Romanos legislaram no sentido das profissões serem hereditárias, impedindo-se, desse modo, a extinção de algumas delas. Na Idade Média as profissões organizaram-se em Corporações ou ofícios, nos quais poucos tinham o ensejo de ingressar, tal a necessidade de cada corporação guardar ciosamente os seus segredos, os seus conhecimentos.

Tal aconteceu com os Pedreiros franceses, os Maçons, ou Arquitetos, responsáveis pelas construções de Catedrais. Os seus ensinamentos só eram transmitidos a Aprendizes, sendo estes, homens de características especiais, a quem tinham sido reconhecidas capacidades de integrar uma comunidade tão eclética. Essa comunidade era a Maçonaria operativa. Os Maçons eram então autênticos edificadores, construtores ou arquitetos dos mais belos monumentos que ainda hoje se podem admirar. Construções sólidas, duradouras, quase intemporais, encerrando em si um saber acumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.

A Maçonaria já não é operativa, mas sim filosófica.
                                                        
O Aprendiz Maçon tem porém que percorrer o caminho da sua iniciação, assim como percorreu o caminho que a antecedeu, enquanto profano, livre e de bons costumes. O templo, também conhecido por loja, é o espaço físico onde ele e os seus demais irmãos, uns Aprendizes, como ele, outros já Companheiros, outros ainda Mestres, se reúnem fraternalmente e em comunhão espiritual desenvolvem os seus trabalhos. Essa é, porventura, a catedral da comunidade iniciática a que pertence. Aí é a fonte onde o Aprendiz saciará a sua sede de aprendizagem. Aí será onde uma mão amiga o amparará e guiará na senda do seu aperfeiçoamento. Esse Templo é o lugar sacralizado orientado segundo a discrição bíblica do Templo de Salomão. Todos os templos maçônicos são iguais, contêm os mesmos signos visuais. Mas cada templo possui um espírito particular que caracteriza a respectiva assembléia de maçons. É então aqui, no nosso Templo, que estamos a coberto da indiscrição dos profanos, onde não "chove", e onde nos sentimos seguros na senda da descoberta das verdades e dos mistérios da nossa congregação.

A Catedral que o Aprendiz procurará construir, então qual é ?
                                    
Encomendas como na Idade Média já não existem. A catedral do coletivo, o templo ou loja, essa está já construída, e a ser aperfeiçoada com o contributo de todos os irmãos, através da sua participação. Verdadeiramente a Catedral que o Aprendiz terá de construir é a sua própria Catedral interior. De pedra bruta, o Aprendiz terá de desbastar o seu potencial interior, ainda disforme, e imperfeito. Que a sabedoria do Oriente me ilumine, ao desbastar a minha pedra disforme, que a força não me falte, neste trabalho interior, e, no final, que a beleza seja seu apanágio, e a minha catedral estará pronta.
 
Que a minha postura, perante a vida, e os outros, seja tão reta quanto o é o esquadro; Que, enquanto Maçon, eu me mantenha solidariamente eqüidistante dos homens, tal compasso cujo desenho geométrico perfeito, simboliza, o maçon, na extremidade cujo movimento de rotação se opera sobre si, para desenhar o círculo. Que eu seja aprumado e me mantenha ao nível de os meus irmãos me considerarem digno de me considerar entre iguais, no seu seio. E tal como a colher do pedreiro alisa a superfície irregular, eliminando as suas imperfeições, assim espero, tal como ela, conseguir suprimir os meus, muitos defeitos, aperfeiçoando, o meu caracter. Estes signos maçónicos, o esquadro, o compasso, o nível, o prumo a colher de pedreiro, serão os meus utensílios que comigo transportarei para usar no meu trabalho interior, para construir a minha Catedral Interior, na certeza que a Catedral de todos os meus irmãos será o somatório da catedral da cada um de nós.
Sei irmãos o longo caminho a ser percorrido no trilho da Maçonaria simbólica, constituída pelos 3 graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. O fim deste trilho apenas significará o início de um outro representado pelo Maçonaria Filosófica. Como comunidade eclética que somos o reconhecimento entre nós é feito com sinais e palavras próprias, para que os profanos não se arroguem qualidades que não têm perante nós. E também para que de entre nós não invoquemos graus aos quais não acedemos ainda. Isso só deverá ser possível depois dos nossos irmãos Mestres acharem que está chegada a altura. Será chegada a minha vez de ultrapassar os meus 3 anos maçónicos de idade ?

BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence a ARL  MESTRE AFFONSO DOMINGUES

                                                                          UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

terça-feira, 12 de abril de 2011

O QUE É RITO ?

Algo muitas vezes difícil de compreender tanto para os profanos como para os Maçons é a multiplicidade de ritos praticados pela Augusta Ordem. Os primeiros estão naturalmente desculpados uma vez que não entendem a não aplicabilidade da noção geral de rito à particularidade deste termo na Maçonaria. Os segundo são geralmente vítimas, dado pertencerem a uma obediência que trabalha num só rito (o que não é uma falta) mas que padecem de falta de instrução adequada enclausurando-os no sistema iniciático que os viu nascer sem a subsequente educação necessária. Ora a Iniciação Maçónica é um acto libertador pois que graças ao trabalho em Loja nos leva aos confins do Universo! Então o que é um Rito? Uma definição muito profanadir-nos-ia tratar-se de um hábito cuja origem tem pouca importância, por vezes mesmo inexplicável, que rege certas fases da vida. Isto vale para a vida familiar, a vida profissional, (gestos dos artífices), a vida espiritual…. Mais significativa é a definição que se reporta ao espiritual, que entre outros nos diz: «conjunto de cerimónias em uso nas comunidades religiosas; organização tradicional das cerimónias».Esta definição é que nos interessará uma vez que situa o Rito no espaço-tempo sagrado onde os iniciados evoluem. 
 
A Maçonaria transmite o seu conhecimento esotérico progressivamente permitindo que quem a procura tenha tempo de a digerir : faz-se por graus. Graus de conhecimento, concretamente, graus hierarquizando os Maçons na escada dos meios de aquisição que lhes é posta à disposição. Cada um destes graus comporta cerimónias de recepção, provas, discursos e instruções que só são valiosos e eficazes numa única condição: têm que se encadear entre eles numa perfeita coerência dialéctica. Portanto o encadeamento dos graus de conhecimento de um método particular, na Maçonaria define-se como UM RITO. A ideia de coerência é fundamental, primordial, e condiciona a existência espiritual do Rito maçónico. Tomemos por exemplo o R.E.R com uma Iniciação em seis graus, onde o primeiro constitui o Beabá e o sexto o toque final. Portanto não será bom ou mesmo correcto interromper no grau de Companheiro e prosseguir a progressão num rito de coloração completamente diferente como por ex. no Memphis-Misraim sem que se tenha recomeçado ab initio toda uma educação, sob orisco de uma dissolução completa do conhecimento Iniciático adquirido. Os meus Irmãos responder-me-ão que não é proibido mudar para um rito que parece corresponder melhor às suas necessidades espirituais precisas. Certo, mas prudência, e perseverança... Já muito jovens maçons na sua ânsia de mudar de rito muito rapidamente se vieram a perder numa implosão radical ao nível do plano mental e espiritual.
Porquê a pluralidade dos Ritos?
Apesar de difícil confirmação julga-se que a nível mundial existiram em tempos cerca de 480 ritos maçónicos diferentes. Tal cenário fez com que eminentes movimentos maçónicos ao longo da sua história tenham tentado uniformizar os Ritos. Entre 1717 e 1823 a Grande Loja de Londres tornou-se na Grande Loja Unida de Inglaterra e esforçou-se por uniformizar a Maçonaria, impondo progressivamente ao conjunto de Lojas que trabalhavam sob a sua jurisdição um método de trabalho que reduzia os rituais às bases estritas simbólicas das profissões de construtores. De facto constata-se que este esforço deu os seus frutos na Inglaterra que pratica o rito de Emulação em cerca de 95% das suas Lojas….. Com um espírito completamente diferente e menos organizado, o Grande Oriente da França também tentou a uniformização das práticas rituais, com a finalidade de aproximar os seus membros. O que veio quase praticamente a ser conseguido….- mas só no seu seio… Com efeito, aquilo que à cerca de 150 anos atrás parecia uma federação de ritos bem definidos, do Francês Moderno ao Escocês Antigo e Aceite, do Escocês Rectificado ao Misraim de Bedarride, veio a transformar-se numa simples federação de lojas que praticam uma versão muitolivredo Rito Francês, de resto muito variável de Loja para Loja.
 
Portanto atente-se que a reforma inglesa que pretendeu revolucionar e uniformizar suavemente a Babilónia Maçónica, só conheceu sucessos notórios na Escócia e Irlanda, mas não conseguiu influenciar os novos países de cultura britânica que surgiram nos séculos XVII e XIX. A implantação do rito de Emulação nos países latinos e na França só conheceu um sucesso diminuto. O mesmo se veio a passar com o Grande Oriente da França relativamente aos países francófonos. Esta dicotomia reformista chegou mesmo a ter efeitos perniciosos, com os ingleses a retirar o reconhecimento aos irmãos do Grande Oriente em 1877, data em que o espírito laico que pulsava nas terras da Gália levou a Obediência a permitir a livre escolha de invocar ou não o G.A.D.U. Então como acreditar na cacofonia ritual que mais do que unir parece levar à desunião dosfilhos da viúva ? A resposta é simples: um sueco médio e um português médio não reagem da mesma maneira perante a mesma situação. Uma população tradicional possui um florilégio de culturas, de mentalidades e de cuidados espirituais próprios. Isto parece uma argumentação pouco simplória para alguns, mas como se explica a nascença de um Rito Sueco na Suécia, e que por exemplo a França só conheça trabalho assíduo no Rito Francês? O primeiro responde com a Iniciação à demanda de uma população de forte componente luterana, a uma história rude, e por tal uma dialéctica muito cristã e muito impregnada por uma vertente calvaleiresca. O segundo faz eco a uma cultura mais latina, menos militarista, de um eclectismo mais marcado por uma ligeira atracção ao misterioso, a um clerocatólico mais propenso a uma influência moral e espiritual mais diminuta. Mais subtilmente dito, o francês poder-se-á sentir mais atraído para os trabalhos operativos e teúrgico dos santuários herméticos de Memphis e Misraim, enquanto que o outro, o sueco,se envolvena busca da moral e estabilidade mais prosaica, preferindo abandonar-se totalmente ao duro e longo caminho da aprendizagem do Rito de York.
Apesar de tudo a Torre de Babel Maçónica é Una!
Ela é Una porque todos os povos que a construíam partilhavam os mesmos ideais em múltiplas línguas. A Maçonaria é constituída por homens diferentes perante o Eterno. Os Maçons utilizam os seus meios limitados e as suas contingências locais na busca da Palavra Única. Esta busca sublime em todos os Ritos, longe de ser desacreditada pela oposição permite o acesso de cada um a um método de regresso à Palavra Única transcendendo rivalidades e incompreensões. É por isso que um Rito Maçónico, seja ele qual for, parte sempre de uma aprendizagem alegórica da Arte Real, passa pelo desaparecimento do Respeitável Mestre Hiram e dos seus segredos, e continua-se por uma aventura que nos conduzirá a encontrar algo de ainda mais sublime. E apesar de alguns Ritos ignorarem mesmo a pessoa de Hiram, as forças postas em movimento serão sempre da mesma natureza.
 
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence aos valorosos IIRR.'. Edgar Gencsi, M.’.M.’.. R.’.L.’. Miramar, nº 36 a Or.’. de Matosinhos, G.’. L.’. R.’. P.’. 

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                           
                                                                           

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O QUE SE FALA DA MAÇONARIA

Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras. Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês. 
            
Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.
                     
Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense. Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.           
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do  rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia:

“Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

SEM CAÇA ÀS BRUXAS
Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”
 
Ligações perigosas
Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903.  Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

BIBLIOGRAFIA
Texto enviado por nosso Venerável Mestre da Cavaleiros do Templo nº 26 Ailton de Oliveira
Fonte: Cristianismo Hoje - editado por Marcelo Barros – site: www.inforgospel.com.br

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

terça-feira, 5 de abril de 2011

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL


Atualmente, observamos como a Maçonaria no mundo tem apresentado seu declínio, seja por falta de interesse dos profanos bem como o desinteresse de nossos Irmãos que se retiram voluntariamente ou de forma obrigatória das fileiras maçônicas, e muitas vezes sem alcançar o mestrado. Nossa Ordem envelhece, e os novos irmãos, que interessados estão, não encontram motivação para fortalecer as colunas de nossas Oficinas. No Brasil, isto se apresenta claramente. As causas principais tem sido a constante confrontação de interesses e, a falta de respeito às verdadeiras e autênticas tradições maçônicas. Dirigentes ocupam cargos em situações não muito claras, e muitas vezes sem preparação para ocupar os mesmos.

Muitos de nossos irmãos observam a maçonaria como uma instituição social, confundindo com Clubes de Beneficência. Nossas reuniões se encontram, dia a dia, com a falta da verdadeira intenção de nossos rituais. Ante esta preocupação, decidimos fazer algo, conscientes da difícil tarefa de empreender um projeto que resgatasse nossas Augustas Tradições. Sabemos que este não é um problema isolado, em cada região do mundo está ocorrendo o mesmo. Porém há irmãos tratando de encontrar a solução. Demos o primeiro passo na busca de criar uma consciência maçônica, da necessidade de recuperar nossa instituição. De sentirmos mais contentes de participar em nossos trabalhos, contentes de usar nossos aventais, de usar fielmente nossas ferramentas, de ser pontuais com o cumprimento de nossas obrigações, de construir uma maçonaria forte e reconhecida por todos. Não é nosso propósito disputar, com nenhuma organização, jurisdição maçônica, nem território algum.
Somos maçons praticando uma maçonaria séria, não membros de um clube social
Sabemos que muitos sentem na própria carne, os motivos que nos levaram a dar este passo, também alguns não se atreverão, para não perder suas prerrogativas. Não julgaremos, e seguiremos unidos dentro de nossos laços fraternais. Este ato, não é o resultado da rebeldia inoportuna ou por falta de êxito dentro da instituição, nem por descontentamento com irmãos. É simplesmente de não conformar de ver desaparecer os valores desta instituição, que tanto deu pela Humanidade. Nossa luta é resgatar a unidade e a fraternidade dentro das tradições herdadas. Aqueles respeitáveis Irmãos, que decidirem voluntariamente de acompanhar-nos, serão reconhecidos como verdadeiros e livres maçons, e a reunificação e o respeito de nossa instituição será a melhor recompensa.

Aos que, pelo contrário, decidam nos atacar e nos colocar obstáculos no caminho a seguir, também os agradecemos desde já, por que nos farão cada dia mais fortes e decididos a continuar adiante. Nosso único fim, é poder ter uma maçonaria sólida em suas bases, onde reine a verdadeira harmonia, a fraternidade de seus membros. Que a filosofia maçônica e a caridade voltem a ser praticadas em nossas Oficinas. Respeitáveis irmãos, nosso coração está aberto para todas as Lojas e irmãos que desejam recuperar o caminho das verdadeiras tradições maçônicas.
                               

A Grande Loja Regular de São Paulo, se coloca à disposição para esclarecer  cada uma das inquietudes que possam surgir, como manteremos abertos todos os canais possíveis de comunicação com os maçons brasileiros, com o propósito de os manter informados de tudo quanto acontece nesta Grande Loja, bem como nos países irmãos. Agrademos sua atenção e consideração, e nos despedimos com a certeza de nos encontrar novamente entre o esquadro e o compasso.



 BIBLIOGRAFIA
CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL - C:.M:.R:.B:.
Recebam meus QQ.'. IIr.'.  um Tríplice e Fraternal Abraço.
Ir.'. Uataú Brasil de Azevedo GM - Grande Loja Regular de São Paulo
Ir.'. Wagner da Silva Gênio GMA - Grande Loja Regular de São Paulo
site: www.cmrb.com.br/contato.html

                                                                                     UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO