CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






terça-feira, 12 de abril de 2011

O QUE É RITO ?

Algo muitas vezes difícil de compreender tanto para os profanos como para os Maçons é a multiplicidade de ritos praticados pela Augusta Ordem. Os primeiros estão naturalmente desculpados uma vez que não entendem a não aplicabilidade da noção geral de rito à particularidade deste termo na Maçonaria. Os segundo são geralmente vítimas, dado pertencerem a uma obediência que trabalha num só rito (o que não é uma falta) mas que padecem de falta de instrução adequada enclausurando-os no sistema iniciático que os viu nascer sem a subsequente educação necessária. Ora a Iniciação Maçónica é um acto libertador pois que graças ao trabalho em Loja nos leva aos confins do Universo! Então o que é um Rito? Uma definição muito profanadir-nos-ia tratar-se de um hábito cuja origem tem pouca importância, por vezes mesmo inexplicável, que rege certas fases da vida. Isto vale para a vida familiar, a vida profissional, (gestos dos artífices), a vida espiritual…. Mais significativa é a definição que se reporta ao espiritual, que entre outros nos diz: «conjunto de cerimónias em uso nas comunidades religiosas; organização tradicional das cerimónias».Esta definição é que nos interessará uma vez que situa o Rito no espaço-tempo sagrado onde os iniciados evoluem. 
 
A Maçonaria transmite o seu conhecimento esotérico progressivamente permitindo que quem a procura tenha tempo de a digerir : faz-se por graus. Graus de conhecimento, concretamente, graus hierarquizando os Maçons na escada dos meios de aquisição que lhes é posta à disposição. Cada um destes graus comporta cerimónias de recepção, provas, discursos e instruções que só são valiosos e eficazes numa única condição: têm que se encadear entre eles numa perfeita coerência dialéctica. Portanto o encadeamento dos graus de conhecimento de um método particular, na Maçonaria define-se como UM RITO. A ideia de coerência é fundamental, primordial, e condiciona a existência espiritual do Rito maçónico. Tomemos por exemplo o R.E.R com uma Iniciação em seis graus, onde o primeiro constitui o Beabá e o sexto o toque final. Portanto não será bom ou mesmo correcto interromper no grau de Companheiro e prosseguir a progressão num rito de coloração completamente diferente como por ex. no Memphis-Misraim sem que se tenha recomeçado ab initio toda uma educação, sob orisco de uma dissolução completa do conhecimento Iniciático adquirido. Os meus Irmãos responder-me-ão que não é proibido mudar para um rito que parece corresponder melhor às suas necessidades espirituais precisas. Certo, mas prudência, e perseverança... Já muito jovens maçons na sua ânsia de mudar de rito muito rapidamente se vieram a perder numa implosão radical ao nível do plano mental e espiritual.
Porquê a pluralidade dos Ritos?
Apesar de difícil confirmação julga-se que a nível mundial existiram em tempos cerca de 480 ritos maçónicos diferentes. Tal cenário fez com que eminentes movimentos maçónicos ao longo da sua história tenham tentado uniformizar os Ritos. Entre 1717 e 1823 a Grande Loja de Londres tornou-se na Grande Loja Unida de Inglaterra e esforçou-se por uniformizar a Maçonaria, impondo progressivamente ao conjunto de Lojas que trabalhavam sob a sua jurisdição um método de trabalho que reduzia os rituais às bases estritas simbólicas das profissões de construtores. De facto constata-se que este esforço deu os seus frutos na Inglaterra que pratica o rito de Emulação em cerca de 95% das suas Lojas….. Com um espírito completamente diferente e menos organizado, o Grande Oriente da França também tentou a uniformização das práticas rituais, com a finalidade de aproximar os seus membros. O que veio quase praticamente a ser conseguido….- mas só no seu seio… Com efeito, aquilo que à cerca de 150 anos atrás parecia uma federação de ritos bem definidos, do Francês Moderno ao Escocês Antigo e Aceite, do Escocês Rectificado ao Misraim de Bedarride, veio a transformar-se numa simples federação de lojas que praticam uma versão muitolivredo Rito Francês, de resto muito variável de Loja para Loja.
 
Portanto atente-se que a reforma inglesa que pretendeu revolucionar e uniformizar suavemente a Babilónia Maçónica, só conheceu sucessos notórios na Escócia e Irlanda, mas não conseguiu influenciar os novos países de cultura britânica que surgiram nos séculos XVII e XIX. A implantação do rito de Emulação nos países latinos e na França só conheceu um sucesso diminuto. O mesmo se veio a passar com o Grande Oriente da França relativamente aos países francófonos. Esta dicotomia reformista chegou mesmo a ter efeitos perniciosos, com os ingleses a retirar o reconhecimento aos irmãos do Grande Oriente em 1877, data em que o espírito laico que pulsava nas terras da Gália levou a Obediência a permitir a livre escolha de invocar ou não o G.A.D.U. Então como acreditar na cacofonia ritual que mais do que unir parece levar à desunião dosfilhos da viúva ? A resposta é simples: um sueco médio e um português médio não reagem da mesma maneira perante a mesma situação. Uma população tradicional possui um florilégio de culturas, de mentalidades e de cuidados espirituais próprios. Isto parece uma argumentação pouco simplória para alguns, mas como se explica a nascença de um Rito Sueco na Suécia, e que por exemplo a França só conheça trabalho assíduo no Rito Francês? O primeiro responde com a Iniciação à demanda de uma população de forte componente luterana, a uma história rude, e por tal uma dialéctica muito cristã e muito impregnada por uma vertente calvaleiresca. O segundo faz eco a uma cultura mais latina, menos militarista, de um eclectismo mais marcado por uma ligeira atracção ao misterioso, a um clerocatólico mais propenso a uma influência moral e espiritual mais diminuta. Mais subtilmente dito, o francês poder-se-á sentir mais atraído para os trabalhos operativos e teúrgico dos santuários herméticos de Memphis e Misraim, enquanto que o outro, o sueco,se envolvena busca da moral e estabilidade mais prosaica, preferindo abandonar-se totalmente ao duro e longo caminho da aprendizagem do Rito de York.
Apesar de tudo a Torre de Babel Maçónica é Una!
Ela é Una porque todos os povos que a construíam partilhavam os mesmos ideais em múltiplas línguas. A Maçonaria é constituída por homens diferentes perante o Eterno. Os Maçons utilizam os seus meios limitados e as suas contingências locais na busca da Palavra Única. Esta busca sublime em todos os Ritos, longe de ser desacreditada pela oposição permite o acesso de cada um a um método de regresso à Palavra Única transcendendo rivalidades e incompreensões. É por isso que um Rito Maçónico, seja ele qual for, parte sempre de uma aprendizagem alegórica da Arte Real, passa pelo desaparecimento do Respeitável Mestre Hiram e dos seus segredos, e continua-se por uma aventura que nos conduzirá a encontrar algo de ainda mais sublime. E apesar de alguns Ritos ignorarem mesmo a pessoa de Hiram, as forças postas em movimento serão sempre da mesma natureza.
 
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence aos valorosos IIRR.'. Edgar Gencsi, M.’.M.’.. R.’.L.’. Miramar, nº 36 a Or.’. de Matosinhos, G.’. L.’. R.’. P.’. 

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
                                                           
                                                                           

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O QUE SE FALA DA MAÇONARIA

Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras. Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês. 
            
Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.
                     
Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense. Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.           
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do  rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia:

“Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

SEM CAÇA ÀS BRUXAS
Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”
 
Ligações perigosas
Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903.  Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

BIBLIOGRAFIA
Texto enviado por nosso Venerável Mestre da Cavaleiros do Templo nº 26 Ailton de Oliveira
Fonte: Cristianismo Hoje - editado por Marcelo Barros – site: www.inforgospel.com.br

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

terça-feira, 5 de abril de 2011

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL


Atualmente, observamos como a Maçonaria no mundo tem apresentado seu declínio, seja por falta de interesse dos profanos bem como o desinteresse de nossos Irmãos que se retiram voluntariamente ou de forma obrigatória das fileiras maçônicas, e muitas vezes sem alcançar o mestrado. Nossa Ordem envelhece, e os novos irmãos, que interessados estão, não encontram motivação para fortalecer as colunas de nossas Oficinas. No Brasil, isto se apresenta claramente. As causas principais tem sido a constante confrontação de interesses e, a falta de respeito às verdadeiras e autênticas tradições maçônicas. Dirigentes ocupam cargos em situações não muito claras, e muitas vezes sem preparação para ocupar os mesmos.

Muitos de nossos irmãos observam a maçonaria como uma instituição social, confundindo com Clubes de Beneficência. Nossas reuniões se encontram, dia a dia, com a falta da verdadeira intenção de nossos rituais. Ante esta preocupação, decidimos fazer algo, conscientes da difícil tarefa de empreender um projeto que resgatasse nossas Augustas Tradições. Sabemos que este não é um problema isolado, em cada região do mundo está ocorrendo o mesmo. Porém há irmãos tratando de encontrar a solução. Demos o primeiro passo na busca de criar uma consciência maçônica, da necessidade de recuperar nossa instituição. De sentirmos mais contentes de participar em nossos trabalhos, contentes de usar nossos aventais, de usar fielmente nossas ferramentas, de ser pontuais com o cumprimento de nossas obrigações, de construir uma maçonaria forte e reconhecida por todos. Não é nosso propósito disputar, com nenhuma organização, jurisdição maçônica, nem território algum.
Somos maçons praticando uma maçonaria séria, não membros de um clube social
Sabemos que muitos sentem na própria carne, os motivos que nos levaram a dar este passo, também alguns não se atreverão, para não perder suas prerrogativas. Não julgaremos, e seguiremos unidos dentro de nossos laços fraternais. Este ato, não é o resultado da rebeldia inoportuna ou por falta de êxito dentro da instituição, nem por descontentamento com irmãos. É simplesmente de não conformar de ver desaparecer os valores desta instituição, que tanto deu pela Humanidade. Nossa luta é resgatar a unidade e a fraternidade dentro das tradições herdadas. Aqueles respeitáveis Irmãos, que decidirem voluntariamente de acompanhar-nos, serão reconhecidos como verdadeiros e livres maçons, e a reunificação e o respeito de nossa instituição será a melhor recompensa.

Aos que, pelo contrário, decidam nos atacar e nos colocar obstáculos no caminho a seguir, também os agradecemos desde já, por que nos farão cada dia mais fortes e decididos a continuar adiante. Nosso único fim, é poder ter uma maçonaria sólida em suas bases, onde reine a verdadeira harmonia, a fraternidade de seus membros. Que a filosofia maçônica e a caridade voltem a ser praticadas em nossas Oficinas. Respeitáveis irmãos, nosso coração está aberto para todas as Lojas e irmãos que desejam recuperar o caminho das verdadeiras tradições maçônicas.
                               

A Grande Loja Regular de São Paulo, se coloca à disposição para esclarecer  cada uma das inquietudes que possam surgir, como manteremos abertos todos os canais possíveis de comunicação com os maçons brasileiros, com o propósito de os manter informados de tudo quanto acontece nesta Grande Loja, bem como nos países irmãos. Agrademos sua atenção e consideração, e nos despedimos com a certeza de nos encontrar novamente entre o esquadro e o compasso.



 BIBLIOGRAFIA
CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL - C:.M:.R:.B:.
Recebam meus QQ.'. IIr.'.  um Tríplice e Fraternal Abraço.
Ir.'. Uataú Brasil de Azevedo GM - Grande Loja Regular de São Paulo
Ir.'. Wagner da Silva Gênio GMA - Grande Loja Regular de São Paulo
site: www.cmrb.com.br/contato.html

                                                                                     UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO 

quinta-feira, 31 de março de 2011

A SAGRADA HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS


AS ORDENS DE CAVALARIA
A idéia básica desta peça de arquitetura, é fazer uma rápida análise das Ordens de Cavalaria que marcaram a Idade Medieval. Este trabalho não pretende de forma alguma esgotar o assunto; é apenas uma rápida visão das Ordens dos Templários, Hospitalários e Teutônicos.
Capítulo 1 - Os Templários
Nome Completo: Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.
Os Cavaleiros Templários são os membros da mais antiga e poderosa das três Ordens Militantes que serão abordadas neste trabalho (Templários, Hospitalários e Teutônicos). Sua sede localizava-se próxima ao Templo de Salomão, motivo pelo qual foram chamados Templários. Em 1.118 AD a Ordem tinha sido sancionada oficialmente pela Igreja católica romana e tinha muitos membros e havia enriquecido. Eles eram uma Ordem bem organizada, com muitos contatos externos, inclusive entre os sarracenos e o poderoso grupo conhecido como "Os Assassinos de Hashshashin". Os Templários lutaram corajosamente pelo Cristianismo durante a 2ª Cruzada, mas depois que Jerusalém foi recapturada pelos Turcos, retiraram-se para Chipre.
           
Uma vez removidos da Terra Santa, os Templários tiveram o propósito de sua existência junto ao Clero e a nobreza, estremecidos, o que possibilitou a vergonhosa cobiça de suas riquezas pelo Rei da França, Felipe IV "O Belo" e seu assecla o Papa Clemente. Entre as invenções dos Templários, podemos citar a principal que foi a idéia original da criação dos bancos, com seus cheques e outros métodos de crédito projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa. Os Templários não foram a primeira Ordem Militar a encontrar o que o autor do texto chama de "os vampiros" e que eu expressaria como o "lado negro da força", mas, foram eles certamente, os primeiros a combater estes "vampiros" sob uma base organizada. A perseguição inumana aos Templários e o aparente sucesso destes vampiros, incitou o que o autor denomina como "as crianças de Cain", a organizarem-se e conspirarem para dissolver a Ordem. Conforme citado acima, o Rei Felipe IV (um fantoche destes vampiros) torturou e matou muitos Templários, além de confiscar suas propriedades, com a anuência de um Papa dominado e subserviente Mas, segundo o autor, os Templários foram apenas fragmentados e sobrevivem em Sociedades Secretas, amplamente dispersas e com Lojas em todo o mundo.         
Os Templários são (o autor refere-se a eles no presente) pessoas intelectuais e empresariais com alto nível aquisitivo. O equipamento (atualmente apenas ritualístico) de combate é igual aos tradicionais cavaleiros porém, não é admitido o uso de nenhuma marca, broche, símbolo ou emblema de identificação. Suas batas monásticas e cerimoniais são distintivas, com uma cruz alargada vermelha (a Cruz Patté ou de Malta) fixada sobre um fundo branco. Sua bandeira  é um céu preto em um campo branco ou a tão conhecida bandeira quadriculada (usada para designar os vencedores em competições). Os Templários foram uma força fragmentada por mais de 600 anos e sobreviveram como uma organização secreta. A sede da Ordem reavivada está na Escócia, em um castelo e catedral misteriosos, conhecidos como Rosslyn. Situado na área central escocesa, este lugar místico foi tema de muitos rumores e lendas sobre ter contido muitos dos segredos e tesouros dos Templários durante séculos
Os atuais Templários pertencem a um grupo cauteloso e fechado, que, após a amarga experiência de princípios do século 14º, costumam manter-se herméticos a estranhos. São pessoas que dão muita importância à investigação e pesquisa. A presença feminina era na antigüidade, permitida desde que em funções não combatente e mesmo assim, após adotar o hábito de freira. O autor afirma que existe atualmente, muita pressão para a aceitação de mulheres na Ordem. Eu gostaria neste momento de interromper o texto para comentar que atualmente, estão pipocando dezenas de Grupos que se denominam descendentes dos Templários de Origem. É preciso ter-se muito cuidado e muito bom senso na análise de tais grupos. Quase todos os Templários são obcecados pelo conhecimento; sendo este, considerado como primário para o desenvolvimento da habilidade de pesquisa. Eles normalmente têm conceitos profissionais altamente educados. Cultivam o desenvolvimento intelectual, bem como o burocrático, investigativo, lingüístico, legislativo e habilidades financeiras. Possuem também, fortes contatos, Influência e recursos.
Princípio Histórico                  
Os Cavaleiros Templários, tiveram sua origem em um pequeno grupo de cavaleiros cruzados, cuja tarefa original era a de manter as estradas da Terra Santa seguras, protegendo os peregrinos contra os ataques dos muçulmanos ou bandidos. Formado aproximadamente em 1.115 por Hugo de Payens ou Borgonha e mais oito cavaleiros, conquistaram rapidamente a simpatia do Rei Baldwin II de Jerusalém, que lhes concedeu o direito de usar parte do antigo Templo de Salomão como sendo sua sede. Em 1.118, o pequeno grupo, jurou ante ao Patriarca de Jerusalém que eles manteriam os votos monásticos de pobreza, obediência e castidade enquanto protegeriam a rota dos peregrinos entre Jerusalém, Jerico e o Jordão. O número de cavaleiros cresceu rapidamente, pois, o conceito de um grupo devoto de guerreiros que faziam o trabalho de Deus na Terra Santa angariou grande popularidade. Com este aumento de seu efetivo, Hugo resolveu interagir junto ao Papa para que seus cavaleiros fossem reconhecidos como uma ordem monástica oficial, com regras específicas para o papel de combatente do Cristianismo. Em 1.124 Hugo viajou para a Europa para conseguir apoio para o seu novo grupo de guerreiros - monges. O Papa convocou um Concílio da Igreja Católica em Troyes, e S. Bernardo de Clairvaux auxiliou na aprovação da Ordem, além de ser o responsável pela elaboração de suas Regras. 
Com  a aprovação do Papa e de S. Bernardo que já gozava na época de grande reputação, a Ordem ganhou muitas adesões de novos cavaleiros. Em 1.130, Hugo já possuía 300 novos membros. A nova Ordem foi conduzida por um Mestra Principal (Grão Mestre), pelo Seneschal, Marechal, Chefe e Preceptor (mestre de províncias). Cada província foi dividida em várias preceptorias, cada uma com seu próprio capitão de cavaleiros e um lugar-tenente. Os Templários permitiram o ingresso na Ordem de membros subordinados na categoria de sargentos (não pertenciam à nobreza), bem como cavaleiros que só serviam em um curto espaço de tempo; foi permitido o casamento, desde que, em caso de morte, todos os bens do casal fossem transferidos para a Ordem. A Ordem começou a receber também, presentes em forma de terras e dinheiro. Na plenitude de seu poder, a Ordem possuiu mais de 9.000 títulos e solares (pequenos castelos) ao longo da Europa e da Terra Santa. Segundo os historiadores, foi esta vasta riqueza que causou a queda da Ordem, pois causou a inveja e a cobiça do Rei Felipe "O Belo" da França. Por volta de 1.177, cerca de 80 Templários conduzindo outros 300 cavaleiros, conduziram um ataque de cavalaria que culminou por vencer Saladino que chefiava um exército muito maior. Os muçulmanos foram derrotados, o que aumentou o prestígio da Ordem. Infelizmente, as glórias de vitórias como esta, eram estragadas através de várias derrotas estúpidas.                                       
Em 1.187, o Mestre Principal da Ordem, Gerard Ridefort conduziu uma força de 90 Templários e 40 outros cavaleiros, contra 7.000 homens da cavalaria muçulmana. Só ele e dois outros Templários escaparam com vida. Mas eles demonstraram com isso, a determinação templária de lutar até o amargo fim. Em 1.243, com a perda de Jerusalém para os muçulmanos, só 36 Templários sobreviveram (de um total de 300 sobreviventes). Em 1.250, 200 Templários morreram nas ruas de Mansurah depois que o Grão Mestre deles tinha adverti-los de uma iminente emboscada.  Por ocasião da derrota final da Cristandade na Terra Santa - o outono de Acre - os cavaleiros foram forçados a buscar refúgio no "chapterhouse" deles, cujas paredes, com o ataque muçulmano, já estavam sofrendo severos danos. Enquanto negociavam um tratado de rendição, os muçulmanos começaram a sacrificar civis que estavam abrigados dentro dos limites da Ordem. Obedecendo aos votos que haviam feito quando da entrada na Ordem, os Templários restantes correram em defesa deles/delas. Enquanto isso, o oficial que negociava o tal tratado, foi covardemente decapitado. Depois de outra semana de lutas, os Templários restantes, morreram junto com 2.000 atacantes muçulmanos quando o edifício da Ordem desmoronou sobre eles no último ataque.
Até que a Ordem fosse dissolvida em 1291, os Templários também foram pressionados a envolverem-se em uma nova cruzada, que culminaram em mais fracassos. Segundo o autor, a Ordem nesta ocasião, já tinha sido reduzida a um grupo de banqueiros. Conforme já mencionamos, o Rei Felipe VI " O Belo " organizou a queda da Ordem. O autor conta-nos que foram "plantados" espiões entre os graus, com um plano cuidadosamente organizado de acusar a Ordem de heresia, que seria o único motivo plausível para a sua dissolução e principalmente, confisco de seus bens. Em 1305, um destes espiões, o renegado Templário Esquiu Floyrian, foi amplamente utilizado por Felipe para o ataque à Ordem na França. Ataques semelhantes estavam montados na Inglaterra e Espanha, mas as acusações caíram no ridículo. Seguiram-se vários anos de disputas legais, durante os quais, o Grão Mestre Jacques de Molay colocou sua fé na suposta invulnerabilidade da Ordem contra a autoridade da nobreza e confiou em proteção papal; porém, os ataques foram feitos individualmente contra os membros da Ordem, o que os tornou vulneráveis às torturas. Em 1312, foi dissolvida a Ordem.
Capítulo 2 - Os Hospitalários
Nome completo: Cavaleiros Hospitalários de S João, Jerusalém, Rhodes e Malta
                 
Formada depois da Primeira Cruzada, A Ordem dos Hospitalários dedicou-se originalmente à medicina, curando e provendo o repouso para os peregrinos. Devido às contínuas invasões muçulmanas, os Hospitalários adotaram a filosofia guerreira dos Templários e rapidamente dedicaram-se à defesa Militar da Cristandade. Porém, os Cavaleiros Hospitalários nunca esqueceram suas origens e sempre mantiveram hospitais para cuidar dos doentes e feridos. Os Cavaleiros de São João têm uma filosofia de cura, e todos são treinados em medicina . Os Hospitalários foram a única Ordem a sobreviver incólumes aos turbulentos séculos (ainda hoje a Ordem Hospitalária é atuante, com Sede na Ilha de Malta, no Mediterrâneo) em que atuaram. Durante os últimos séculos, eles agiram freqüentemente em auxílio ao braço da espionagem do Vaticano. A maioria das pessoas os vêm como dedicados à obras beneficentes, especialmente em auxílio pelo mundo inteiro em serviços de ajuda a desastres. Os membros desta Ordem, aparecem em público, normalmente, muito bem vestidos.
Como a maioria dos médicos, eles acreditam em padrões altos de limpeza e higiene. Seu uniforme cerimonial é negro com uma cruz branca (a Cruz maltesa). Ocasionalmente, os guerreiros monges mais antigos, usam batas vermelhas com a Cruz maltesa branca.                                                                                 
                                                                               Desde que foram expulsos de sua sede na Ilha de Malta em 1.700, por Napoleão, os Hospitalários tiveram que contentar-se com uma propriedade pequena perto do Vaticano em Roma. Porém, foi permitido recentemente aos cavaleiros, reaverem seu castelo de Valletta; entretanto, o maltês já não os aceita como senhores. Os membros desta Ordem são geralmente escolhidos entre os médicos, homens de ciência ou com tendências ao sacerdócio. Conforme comentamos acima, um braço dos Hospitalários foi fortemente envolvido na espionagem do Vaticano, durante séculos. O autor levanta a suspeita de que ainda hajam membros da Ordem dedicados à esta tarefa. Esta é a Ordem mais tradicional (do ponto de vista de submissão ao Papa) e coloca grande ênfase em religião e cerimônias religiosas. Como resultado, só são permitidas para as mulheres servir dentro da Ordem de uma maneira não combatente. O Hospitalários têm um forte sensos de justiça. Eles não auxiliarão nenhuma pessoa ou criatura que eles pensam que são más e isto os põe freqüentemente em conflito os com o Templários e Teutônicos.
 Princípios Históricos:                    
Os Cavaleiros Hospitalários, pertencem à uma Ordem cuja poderosa cuja documentação os torna oficiais e legais até os dias de hoje. Seus tradicionais rivais foram os Cavaleiros Templários. Sua estrutura básica é bastante parecida com a dos templários porém com um maior enfoque em saúde e medicina. A Ordem de São John originou-se com um hospital dedicado a São João em Jerusalém, aproximadamente em 1.070, 30 anos antes da Primeira Cruzada, por um grupo de comerciantes italianos que queriam cuidar dos peregrinos. Foi constituída como uma Ordem aproximadamente em 1.100, logo após a Primeira Cruzada, quando assumiu seu primeiro Grão Mestre Principal (que o autor não cita o nome). O Hospitalários seguiram assim aos Templários mas com enfoque para o trabalho médico.
Por volta de 1.126, porém, aproximadamente oito anos depois dos Templários apareceram publicamente, os Cavaleiros de São John tinham começado a assumir um caráter crescentemente militar que ficaria, com o tempo, mais proeminente que o próprio serviço de hospital, para o qual tinham sido instituídos. O autor cita aqui que em sua opinião, os Hospitalários podem ter sido obrigados a adotar o braço combatente, porque os Templários não estavam fazendo o trabalho a eles destinado, dedicando-se a percorrer a Terra Santa em busca de relíquias Santas, em vez de proteger os peregrinos. Os Hospitalários, junto com os Templários e Teutônicos, tornaram-se o exército principal e poder financeiro na Terra Santa. Este poder expandiu-se ao longo do Mediterrâneo. Como os Templários, eles ficaram imensamente ricos. A Ordem desenvolveu-se em um exército vasto, organização eclesiástica e administrativa com centenas de cavaleiros, um exército parado, numerosos serviços secundários, uma cadeia de fortalezas e propriedades enormes de terra pelo mundo Cristão. A Ordem permaneceu verdadeira a suas origens e mantém até os dias atuais, hospitais atendidos por seus próprios providos cirurgiões e demais funcionários. 
Em 1.307, quando os Templários foram acusados de uma série de ofensas contra a ortodoxia católica, o Hospitalários conseguiram ficar imunes de qualquer estigma. Eles retiveram o favor do papado. Na Inglaterra e em outros lugares, ex-propriedades dos Templários foram entregadas para eles - impulsionando ainda mais suas riquezas. Depois de 1.291, os Cavaleiros de São João retiraram-se para Chipre. Em 1.309 eles estabeleceram sua sede na Ilha de Rhodes que governaram como o principado privado. Eles ali permaneceram durante dois séculos e resistiram a dois ataques dos Turcos.
Em 1.522, um terceiro ataque os forçou a abandonar a ilha e em 1.530 eles novamente estabeleceram-se em Malta. Em 1.565, Malta foi sitiada pelos Turcos em uma tentativa ambiciosa para conquistar o Mediterrâneo. Em uma defesa épica, 541 Cavaleiros Hospitalários e sargentos junto com 1.500 soldados a pé e mercenários repeliram os repetidos ataques, de 30,000 inimigos. A derrota histórica infligida aos Turcos, destruiu seus planos de invasão. Seis anos depois, em 1.571, a Frota da Ordem, junto com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, ganharam uma decisiva batalha naval de Lepanto e quebraram o poder marítimo turco. A frota dos Hospitalários foi premiada com créditos pelos afundamentos.
No 16º século eles eram ainda um exército supremo com poderes navais consideráveis no mundo Cristão, contando com força e recursos financeiros comparável à maioria das nações. Mas a reforma protestante tinha começado a quebrar a força da Europa Católica, e a própria Ordem viu-se fendida com novas convicções.
A Europa passou para uma idade nova de tolerância religiosa e mercantilismo.
                                                                                                              
O Cavaleiros ainda estavam em Malta em 1.798, entretanto a Ordem havia transformado-se em apenas uma sombra do que eles eram. A Freemasonry tinha corroído as suas submissões católicas e quando Napoleão invadiu a ilha a caminho do Egito, os cavaleiros não ofereceram nenhuma resistência. Quando Horatio Nelson recapturou as ilhas, os cavaleiros puderam ali restabelecer uma presença não oficial. Em 1.834, uma base oficial era estabelecida em Roma.  Uma vez mais dedicados ao hospital e ao trabalho junto à saúde, os cavaleiros mantêm sua fortaleza em Mala mas, não têm nenhum poder de governo. De maneira muito interessante, foi considerado seriamente a possibilidade de entregar Israel para os Hospitalários depois de Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista de direitos internacionais, os Cavaleiros de Malta são encarados como um principado soberano independente, com a opção de um assento nas Nações Unidas (o qual eles nunca ocuparam). Podem ser identificadas embaixadas na África e países americanos latinos com plenos privilégios diplomáticos.
Capítulo 3 - Os Teutônicos

Nome completo: A Ordem Sagrada dos Cavaleiros Teutônicos .           
A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi fundada em 1.190 por Cruzados alemães na Palestina e foi reconhecida pelo Papa em 1.199. Instituída depois dos Cavaleiros Templários, e dos Hospitalários, restringiu a admissão à Ordem, apenas aos membros da nobreza alemã. A nova Ordem, constituiu-se no principal grupo militar alemão. Em 1.229 os Cavaleiros Teutônicos começaram uma cruzada para converter e pacificar os eslavos pagãos da Prússia. Eles esmagaram os eslavos nativos e adotaram para si próprios, um estado de semideuses. A forma impiedosa de combater o inimigo, rendeu aos Teutônicos, a reputação de guerreiros malignos. Os Cavaleiros Teutônicos tornaram-se cínicos, e acreditavam que a eliminação total do inimigo era o único meio de erradicar rapidamente o mal. Para atingir seus objetivos, seu treinamento militar era supremo. Os membros desta Ordem são normalmente fortes e refletem seu treinamento militar. Vestidos para batalha, são iguais a todos os demais cavaleiros; em alguns casos um Teutônico pode ter alguns suplementos opcionais alinhavados em seu vestuário entretanto, normalmente, suas batas são brancas e adornadas com uma cruz preta simples. Após as batalhas da Idade Média, durante vários séculos, um pequeno grupo dos Teutônicos serviu em Viena como uma pequena chama que mantinha viva Ordem; porém, agora que a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi restabelecida, eles readquiriram sua antiga sede no Castelo de Marienburg.
Os membros da Ordem são encarados pela população em geral, como pessoas normais que pertencem à uma Ordem semi clerical, dedicada ao trabalho de caridade; mas, segundo o autor, os membros da Ordem têm força para dobrar barras de ferro, o que as afasta da média da população. Os Cavaleiros Teutônicos escolhem os seus sócios cuidadosamente, geralmente provenientes de polícias especiais ou forças armadas de vários pontos ao redor do mundo. A maioria do Cavaleiros Teutônicos vêm destes exércitos ou equipes de força policial. Os cavaleiros são muito reservados e raramente revelam sua identidade em público. Esta é a única Ordem que obriga os seus membros às antigas regras de não manter contatos familiares. Os fundos financeiros deles são quase impossíveis de serem localizados, seus detalhes pessoais são protegidos até mesmo de Teutônicos da mesma categoria e suas habilidades de luta são cuidadosamente desenvolvidas. Para pertencer à Ordem é necessário possuir muito bons atributos físicos e ser um excelente lutador. Sua fama é a de possuírem um temperamento agressivo, e freqüentemente estão ansiosos para entrar em uma briga. Este tipo de atitude é interpretado freqüentemente pelos Hospitalários e Templários como puro instinto animal. As outras Ordens não apreciam o ódio e a preocupação com que o Teutônicos agem com os inimigos.
Os Teutônicos normalmente ficam frustrados com estratégias a longo prazo. Eles gastam a maior parte de suas vidas treinando para lutar e querem pôr todo o treinamento em prática rapidamente. Eles tendem a serem difíceis de se dar bem socialmente. Eles repugnam o artifício ou as táticas sutis e acreditam na confrontação frente-a-frente como melhor tática de aproximação. Isto os conduziu freqüentemente, em desentendimentos com os Hospitalários e Templários. Às vezes os Teutônicos quando fora da Ordem, ignoram as instruções de seus próprios oficiais, se julgarem que a mesma é imprópria ou incorreta.
Princípios Históricos
Os Cavaleiros Teutônicos são um exército e Ordem religiosa alemã, baseada nos Hospitalários e Templários. É a mais jovem das três Ordens militares, foram fundados em 1.190 como uma unidade de auxilio, por Comerciantes alemães preocupados com os compatriotas sujeitos às doenças . Os membros do grupo estabeleceram-se entre os integrantes do exército Cristão acampado fora do Acre. Pouco depois, foi-lhes concedido terras para construir um hospital, e também um estado Monástico. Os Teutônicos foram então, surpreendidos com a instrução pelo Papa Innocent III, para se tornarem uma Ordem Militar. O braço militar era baseado no modelo dos Cavaleiros Templários e o hospital nos Cavaleiros Hospitalários.
A Ordem dos Teutônicos não restringiu então, aos seus membros, a exigência de pertencer à nobreza alemã. Os únicos limites eram ser um homem livre e não estar casado. A Ordem geralmente usava um hábito branco com uma cruz preta. Cada um dos 12 Capítulos da Ordem, havia um líder conhecido como Komtur, significando o oficial de diligências. Quando um Grão Mestre morria, todos os Komturs reuniam-se para eleger 13 membros que, em troca, elegeria um novo Grão Mestre. Os outros oficiais do comando (Grosskomtur), eram: o Ordensmarshall, o Tressler (o tesoureiro), o Spittler (Hospitalários) e o Trapier (chefe de quartel). A Ordem nunca se distinguiu na Terra Santa. Não lutou nenhuma batalha famosa, nem desfrutou inicialmente a riqueza de apoio dada às outras Ordens. È parcialmente por causa desta falta de apoio que permaneceu um movimento puramente germânico; fato este que logo direcionou seus interesses para a própria Pátria. Em 1.216 a ordem perdeu a maioria de seus cavaleiros e seu Grão Mestre em ação na defesa da Terra Santa. A Ordem ficou em Acre até a queda do reino em finais do 13º século, quando os Teutônicos aumentaram gradativamente sua força nos Bálcãs. A Ordem ajudou o Rei Andrew da Hungria nos meados de 1.210 a desalojar os Kumans que estavam invadindo a Transilvânia. Outro que pediu ajuda à Ordem foi o Duque polaco Conrad de Masovia, que pediu para a Ordem proteção contra os pagãos que invadiam suas terras. A Ordem era inumana em sua briga contra as tribos pagãs, até mesmo com pequenos contingentes de cavalaria eram praticamente invencíveis em face a qualquer inimigo. Os Teutônicos não tinham misericórdia. Qualquer homem, mulher ou criança conquistado tinha que se converter ou seriam executados. Os nativos tornaram-se servos da Ordem, controlados de uma série de fortalezas poderosas. Os domínio teutônicos estenderam-se pelos Bálcãs da Polônia, pela Lituânia e Suécia.
Nos 100 anos seguintes eles estenderam seu domínio ao longo do Báltico do Golfo da Finlândia para as margens do Pomeranian. Os Teutônicos colonizaram a terra com alemães e estabeleceram um governo central forte com sede em Marienburg, Prússia. Rebeliões nos anos 1.260 forçaram a Ordem em seus limites. Depois que vários castelos balcânicos e Acre caíram em finais do 13º século, os cavaleiros migraram a sede deles para Veneza. O território perdido nos Bálcãs foi logo recapturado. Os Cavaleiros Teutônicos governaram a nova terra deles eficazmente. A maioria dos colonos achou estranho ter que responder a assuntos financeiros a monges que não foram autorizados a possuir qualquer coisa, mas isto limitou a corrupção e permitiu que os negócios fossem operados com eficácia. Durante princípios de 1.300, a Inquisição atacou os Templários e Teutônicos com as acusações de crueldade e bruxaria; entretanto o teatro de operações dos Teutônicos (Prússia e a Costa do Báltico), colocou-os em segurança, além do alcance de qualquer autoridade que poderia agir contra eles.
As regras dos Teutônicos não era fácil. No 14º século aconteceram uma série de batalhas contínuas contra os lituanos; até 80 expedições ao todo com até sete em um ano. Os Teutônicos alcançaram o cume de seu poder e reputação durante este período, aparecendo então, algumas das melhores mentes militares da era. Derrotado pelos polacos e lituanos na Batalha de Tannenberg em 1.410, os Cavaleiros Teutônicos foram forçados em 1.466, a ceder a Prússia Ocidental e Pomerelia para a Polônia e mover sua sede para Konigsberg na Prússia Oriental. Em 1.525 o Grão Mestre da Ordem, Albert de Brandenburg, converteu-se ao Luteranismo . A imagem teutônica, como também parte da própria Ordem, foi seqüestrada pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial. A Cruzada Eslava da Ordem foi sustentada como um exemplo de superioridade alemã e foi usada como uma desculpa para outro ataque à Rússia. Muitos membros da SS auto nomearam-se como Cavaleiros da Ordem Militar. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos ainda existe na Áustria como uma organização semi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade.

Capítulo 4 - Os Lugares Santos
VALLETA, MALTA (Hospitalários)
          
Entre suas características originais, possui uma série de albergues (pousadas), representando áreas da Europa, tais como Aragão, França, Alemanha, Provence, Castilha, Itália e Inglaterra. Na costa norte da ilha está a baía onde S. Paulo naufragou em sua tentativa de chegar em Roma. A presença dos Cavaleiros permanece, com várias estruturas e fortificações que comemoram locais com significado religioso; mas mais proeminente é a do castelo do mar de Sant'Angelo, o forte de St Elmo e o subúrbio cercado de Vittoriosa, abrangendo dois promontórios que proveram um porto natural facilmente defendido. Todos estes pontos são parte do que tornou-se a cidade de Valleta. A cidade foi nomeada em homenagem ao Grão Mestre Jean de la Valette, veterano do ataque de Rhodes sendo considerado como o defensor próspero de Malta contra os Turcos otomanos. No centro das fortificações construídas para defender o Porto Principal está a Catedral de São João, construída pelos Cavaleiros Hospitalários como centro da adoração, em 1.578. O exterior da Catedral é austero, mas dentro dela é surpreendentemente extravagante. No chão de um quarto estão 375 tabletes (lajotas) de mármore, cada uma ricamente decorada e registrando as ações da Ordem. Este quarto é conhecido como o mausoléu de cavalheirismo. 
O grande hospital - contendo um dos quartos maiores em toda a Europa - é o ponto alto da construção médica Hospitalária. O pupilo principal mede 185 pés de comprimento por 35 pés de largura, com 31 pés de altura (pé direito). Construído por volta de 1.570, está atualmente desativado. Foram observados padrões rígidos de limpeza e higiene, pelos Hospitalários, que cuidaram dos pacientes usando utensílios de prata para assegurar higiene, além de contarem com um corpo de cirurgiões da Ordem, considerados como os melhores e mais bem treinados de toda a Europa. A cidade foi tomada por Napoleão Bonaparte em 1.798 sem resistência. Reduzidos a algumas propriedades de terra e um edifício em Roma, os Hospitalários buscaram consolo nas origens de sua Ordem e devolveram suas Regras. Com o tempo, com o reaparecimento de seu poder e prestígio, foi devolvida sua propriedade dentro de Valleta.

CASTELO de MARIENBURG, POLÔNIA (Teutônicos)
                                                                                                                                      
A sede dos Cavaleiros Teutônicos na Prússia Oriental (agora Polônia), castelo de Marienburg foi construído originalmente em 1.276 pelo Grão Mestre Von Winrich Kniprode como uma fortaleza funcional e sua importância foi estratégica para o comando e sede dos Teutônicos por volta de 1.309. Como os Cavaleiros ampliaram seus territórios e trouxeram paz para a área, o castelo tornou-se um magnífico hotel para os nobres visitantes e Cavaleiros que quiseram tomar parte nas campanhas da Ordem. Reformado completamente durante o 19º século, foi bombardeando pelos Aliados que o reduziram a ruínas durante Segunda Guerra Mundial. O Governo polonês devolveu o castelo aos Teutônicos como meio de restabelecer a tradição e manter o local histórico.
CAPELA de ROSSLYN, ESCÓCIA (Templários)
                                                                                      
Três milhas sul de Edinburgh e sete milhas da antiga sede dos Templários, na Escócia, em Balantrodoch, está a aldeia chamada Rosslyn. Empoleirado na extremidade de um desfiladeiro sobre a cidade encontramos a Capela de Rosslyn - gotejando tão pesadamente com esculturas góticas, nórdicas e Célticas que parece ser parte de algo maior. Pretendia-se originalmente que Capela de Rosslyn fosse a Capela da Senhora, parte de uma estrutura maior que pretendeu ser a maior Catedral na Europa. A falta de capital e a necessidade de atenção em outro lugar (?) impediu a obra de ser completada.
O interior da capela que teve suas fundações iniciadas em 1.446, contém muitas imagens esculpidas além de padrões geométricos e símbolos que são muito populares entre os Freemasons.

BIBLIOGRAFIA   
Tradução e adaptação de Vicente Pereira Soares Neto M.'.M.'.
Obtido no Site da Loja Virtual da Arte Real Brasil  http://www.geocities.com/SoHo/Museum/6506/
Autor : Ir.'. EDSON FERNANDO DA SILVA SOBRINHO

         NON NOBIS. DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO DA GLORIAN