CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MAÇONARIA, FAMÍLIA E A SOCIEDADE


Nenhum maçom, estará apto a executar propósitos tão elevados, como tornar feliz a humanidade, se não estiver perfeitamente harmonizado com os princípios e postulados maçônicos. O primeiro postulado diz: “Amar a Deus, a Pátria, a Família e a Humanidade”. O segundo complementa-o de forma peremptória: “Exigir de seus membros boa reputação moral, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes”. Note-se que tanto no primeiro como no segundo, a família merece destaque e vem antes da humanidade. Não é mera coincidência, é lógico e absolutamente essencial que assim seja. Entre todos os deveres de um maçom, a família é o maior e o mais importante de todo                                                           
A família é a célula primeira da Humanidade, seu berço, sua unidade fundamental. É em seu lar que o maçom deverá aplicar os princípios de amor ao próximo, da caridade e da tolerância, iniciando assim a construção de uma sociedade, mais equilibrada, igualitária e justa. O lar do maçom será, com toda certeza, o começo de uma humanidade perfeita. É sob o teto de uma família bem formada, tutelada pela orientação fornecida por nossa ordem, que o maçom conseguirá  transformar o mundo, tornando feliz a humanidade. Ao pinçar o candidato á nossa sublime instituição, observemos antes de qualquer outro predicado, seu comportamento diante de sua família. É claro que sua reputação moral, cívica e social são relevantes no processo de seleção, mas atenção especial á família do candidato deve ter peso significativo na escolha.
No mundo atual, a título de modernidade, prevalecem muitos valores de ordem material, frutos das “necessidades” criadas por inteligentes publicitários, que, através da mídia, nos levam ao consumismo desenfreado; contudo, nenhum bem material suplanta os valores de um lar harmônico e feliz. Na oficina humana, a matéria é transitória e todos os bens, na melhor das hipóteses, são transferidos para outras mãos, menos os ensinamentos e exemplos que modelam o caráter do homem. Durante nossos trabalhos, atendo ao que diz nosso irmão Chanceler, devemos indagar-nos: Quem é a Humanidade? Como torná-la feliz? Como eu posso ajudar?
                                                                              
- A Humanidade somos nós! A família é o grande templo a ser construído pelo homem maçom, sua grande pedra bruta a ser desbastada em primeiríssimo lugar, família esta onde ele, o maçom, é sua grande pedra angular, seu “Landmark” vivo”. Maçom será aquele homem que aprender a servir e a respeitar seu próximo mais próximo, sua própria família. Maçons existem que participam de inúmeras obras assistenciais e de promoção humana; dedicam-se incansavelmente aos preceitos da caridade. São irmãos reconhecidos em suas comunidades como verdadeiros apóstolos do bem, porém e lamentavelmente, não são raros os casos de delinqüentes e órfãos, nascidos em lares de abnegados cidadãos. O que será que saiu errado? Seria tal dedicação ao sofrimento alheio uma forma de fuga dos próprios problemas ou da sua família, por mais paradoxal que possa parecer.
O trabalho caritativo de um maçom é de suma importância para seu crescimento e evolução, mas de maneira alguma deve estar consagrado exclusivamente às entidades de filantropia, antes deve ter suas bases e raízes em seu lar. Para tornar feliz a humanidade, é primordial estarmos felizes e tornarmos felizes nossos familiares. É imperioso que pratiquemos em nossos lares a verdadeira lei do amor. Impossível e incoerente pensarmos macro (humanidade) sem antes pensarmos micro (nossa família). A família do maçom deve estar integrada com nossos princípios, não pode estar apartada dos nossos movimentos ou atividades sociais. A mulher do maçom jamais deve ser submissa ao extremo ou estar alheia ao seu convívio social. Tudo isso pode parecer “óbvio ululante”, contudo, as cunhadas “Amélias” pululam entre nós.
Quiçá toda loja possuísse uma fraternidade feminina ou cada cidade, Ordens Paramaçônica, onde nossas esposas, filhas e filhos pudessem integrar-se melhor à Maçonaria. É muito estranho observar o irmão que, falante e proativa em sua loja, adota postura taciturna e dialoga com sua família tão-somente por monossílabos! Há uma família, quando cônjuges e filhos vegetam debaixo do mesmo teto? Como querer ter a pretensão de tornar feliz a Humanidade? Irmãos com semelhante comportamento não compreenderam ou não estão dignificando em absoluto nada a nossa instituição. Sem qualquer traço de utopia, entendo que o lar de um verdadeiro maçom deve estar alicerçado em bases de ternura, de muita tolerância e amor. Em dias tão turbulentos e de profundas transformações como os atuais, o lar do maçom deve constituir-se em oásis de paz. Todos possuímos problemas, sejam eles no âmbito material, nas enfermidades, sejam nos desequilíbrios psíquicos e espirituais, todavia ninguém mais do que o maçom saberá disseminar a luz, a concórdia e a harmonia entre os seus.
Nessa breve reflexão sobre o maçom e sua família não há qualquer pretensão em aquilatar como deve ser, ou não, seu comportamento no seio da família, apenas chamá-lo à ponderação para que não entre em conflito consigo mesmo, ou seja, incoerente com nossos princípios. Ser iniciado na Maçonaria é uma coisa, tornar-se maçom é outra completamente diferente. É difícil e escarpado o caminho de um maçom em busca da perfeição. Apesar de explícito e muito claro em nossos rituais, é relevante relembrar que a Maçonaria não é um clube social ou de serviços, nem tampouco uma sociedade de ajuda mútua, daí a necessidade de o maçom compreender o que se faz em nossas oficinas. A Maçonaria não é uma instituição que visa dar !status”, poder ou privilégios a quem quer que seja.

No Evangelho de Lucas (13:24) temos algo que se encaixa bem á reflexão dos irmãos:
“...esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão...” O caminho da perfeição requer do maçom toda atenção e muito esforço, renovação constante e aprimoramento espiritual. A Maçonaria ensina e orienta o maçom a converter as dificuldades interpostas em seu caminho em preciosas oportunidades de trabalho a favor do seu crescimento espiritual. Nesse amplo contexto, nossos familiares desempenharão papel preponderante para nossa vitória e nosso sucesso enquanto maçons. O homem transformado e aperfeiçoado pela Maçonaria, transfere novos valores e novos conceitos à família.                                                      
Sua família, calcada nesses novos e nobres valores, passa a ser uma referência dentro da comunidade em que vive. Bons exemplos e boas referências são sementes de luz que dissipam as densas trevas que recobrem nossa sociedade. Uma sociedade melhor resultará em uma humanidade mais feliz e fraterna.

BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence ao Irmão José Pellegrino Neto, extraído do site http://www.formadoresdeopiniao.com.br

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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