Apesar de a Maçonaria Regular requerer que os seus candidatos confirmem a sua crença em Deus, não aprofunda o sujeito, deixando a religião e a sua prática ao Maçon enquanto indivíduo. Isto é a Maçonaria pretende afirmar a crença num Deus, mas não forçosamente no Deus Cristão. A maçonaria possibilita aos homens de todas as raças credos ou religiões o acesso ao estudo dos princípios morais e filosóficos praticados pelos seus iniciados há centenas de anos. Ao entrar no templo pela primeira vez a minha atenção recaiu desde logo nos símbolos do Sol e da Lua. Veio-me à idéia o Templo do Sol e da Lua , locais de culto tão antigos como a noite dos tempos onde os homens prestavam homenagem aos Deuses, e logo de seguida o meu pensamento voou para o G.'. A.'. D.'. U.'. que vai guiando a humanidade. A Maçonaria não é uma religião, é um estado de alma, é um modo (para mim) gratificante de encarar a vida e o que me rodeia defendendo a existência de um Ser Supremo ou num Princípio Criador. Uma religião é algo de muito mais complexo, algo que implica detalhe, como a existência de um plano para salvação ou um caminho pelo qual se alcança uma recompensa depois da vida terrena. Implica também uma teologia que tenta descrever a natureza humana bem como o modo ou forma pela qual o homem comunica com o seu Deus. A Maçonaria não faz nenhuma dessas coisas. ![]() É normal dizer-se que os homens são o produto do meio que freqüentam. A Maçonaria oferece a cada um dos seus membros a oportunidade de conviver regularmente com homens de bom carácter, o que reforça o seu próprio desenvolvimento pessoal e moral. A garantia dessa fraternal convivência é conseguida evitando discussões político-partidárias ou religioso-sectárias, assuntos, que têm dividido os homens ao longo da história. ![]() Na Alquimia ele corresponde ao Ouro. Na simbologia maçônica o Sol encarna o espírito imutável, o ouro imaterial. Na maioria dos Templos ele é representado a oriente onde o mestre da loja dirige os trabalhos. A palavra franco-maçonaria deriva do antigo egípcio Phre (Sol) e Mas (Luz), ou filho do Fogo e da Luz. A Lua desempenha um papel significativo no pensamento simbólico, mágico e religioso da maioria dos povos. Ao contrário do Sol, um astro de luz própria quase sempre interpretado como masculino e associado ao princípio Yang, a Lua aparece geralmente como símbolo feminino, do suave, do que necessita de apoio e ligada ao princípio Yin. Ela é o símbolo da transformação e do crescimento. A Lua é um símbolo dos ritmos biológicos. A Lua é também o primeiro morto. Durante três noites, e em cada mês lunar, ela está como morta, desapareceu... Depois reaparece e cresce em brilho. A Lua é para o homem o símbolo desta passagem da vida à morte, da morte à vida; é considerada, por muitos povos, como lugar desta passagem, a exemplo dos lugares subterrâneos. É por isso que numerosas divindades lunares são ao mesmo tempo ctonianas e funerárias. A viagem à Lua ou até mesmo a vida imortal, segundo certas crenças, é privilegio de soberanos, heróis, iniciados, e mágicos. No paganismo o Sol e a Lua aparecem como o Deus e a Deusa, Cerridwen e Kernunnos, Endovelicus e Ategina. A Lua é um símbolo do conhecimento indireto discursivo, progressivo, frio. Evoca metaforicamente a beleza e também a luz refletida na imensidade tenebrosa. Os antigos alquimistas conheciam a influência da Lua nas marés. Referiam-se aos anjos lunares como sendo o sal. ![]() ![]() "Os Antigos Mistérios não deixaram de existir quando o Cristianismo se tornou uma das religiões mais poderosas no mundo. O grande Pan não deixou de existir, e a Maçonaria é a prova da sua sobrevivência. Os Mistérios pré-cristãos assumiram, simplesmente, o simbolismo desta nova fé, perpetuados por meio dos seus símbolos e alegorias; as mesmas verdades que conhecidas pelos sábios desde o princípio do mundo. Não há, portanto, uma verdadeira explicação que reúna um total concenso para o facto de símbolos cristãos encerrarem em si o que é escondido pela filosofia pagã. Sem as misteriosas chaves transportadas pelos líderes dos cultos egípcio, brâmane e persa, os portais da Sabedoria não poderiam ser abertos." - Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical Philosophy. Cada um dos seres animados deste mundo recebe a sua vida e atividades do poder do espírito. Os elementos grosseiros estão regidos pelos mais subtis, e estes, por sua vez, por outros que os ultrapassam em subtileza, até se chegar ao poder puramente espiritual e divino. Deste modo, Deus influi em tudo o que governa. O homem possui um germe de poder que, desenvolvido, pode converter-se em árvore de admiráveis frutos; mas este germe só pode desenvolver-se pela influência do calor radiante do centro incandescente do grande sol espiritual; e na mesma proporção em que nos aproximamos da Luz, recebemos também este calor. É inútil meditar sobre pontos místicos que se encontram para além do nosso horizonte mental. É inútil o intento de penetrar nos mistérios espirituais, antes que nos tenhamos espiritualizado. O conhecimento prático pressupõe prática e só pode ser adquirido por meio dela. Para obter poder espiritual é necessário praticar as virtudes espirituais da fé, esperança e caridade. Encontrar o Sol e a Lua dentro do nosso próprio templo é criar condições de uma nova vida, encontrar um novo caminho como aquele hoje percorro desde o momento em que fui levado para câmara da reflexão e trazido de novo para a luz. Bibliografia Texto extraído do site www.maconaria.net da Casa Maçônica de Lisboa UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO |
CAVALEIROS DO TEMPLO
Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.
Por Yrapoan Machadoterça-feira, 25 de janeiro de 2011
O SOL E A LUA
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