CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

OS PRECEITOS DA RELIGIÃO MUÇULMANA

O Cinco Pilares do Islã, segundo Roger Garaudy na Obra "Promessas do Islã", publicada no Brasil pela Nova Fronteira em 1988, podem ser assim resumidos:
1. Profissão de Fé: "Existe um único Deus e Maomé é seu profeta". Nenhuma outra divindade se não Deus: Maomé, seu mensageiro. O universo inteiro ganha assim um sentido, o absoluto revelando-se no relativo sob a forma de "sinais", de símbolos. A natureza e os homens, do mesmo modo que a palavra do Alcorão, eram uma aparição, uma manifestação de Deus. "Não há nada que não cante seus louvores, mas vocês não compreendem seu canto" (XVII, 44).2. Oração: a prece é e a participação consciente do homem no canto de louvor que liga todas as criaturas ao seu criador. "Volte a si mesmo para encontrar toda a existência resumida em você." A prece integra o homem de fé a essa adoração universal: realizando-a, com o rosto voltado para Meca, todos os muçulmanos do mundo e todas as mesquitas cujo nicho do mirhab designa a direção da Kaaba são assim integrados, por círculos concêntricos, a essa vasta gravitação dos corações rumo ao seu centro. A ablução ritual, antes da prece, simboliza o retorno no homem à pureza primitiva pela qual, rejeitando a si mesmo tudo o que pode macular a imagem de Deus, ele se torna seu perfeito espelho.
                                                                                 
3. Jejum durante o mês sagrado do Ramadã. O jejum, interrupção voluntária do ritmo vital, afirmação da liberdade do homem em relação ao seu "eu" e aos seus desejos, e ao mesmo tempo lembrança da presença em nós mesmos daquele que tem fome, como de um outro eu mesmo que devo contribuir para tirar da miséria e da morte.
4. Zakat. Não é esmola, mas uma espécie de justiça interior institucionalizada, obrigatória, que torna efetiva a solidariedade dos homens da fé, isto é, daqueles que sabem vencer em si mesmos o egoísmo e a avareza. O zakat é a lembrança permanente de que toda riqueza, como tudo, pertence a Deus, e que o indivíduo não pode dispor dela à vontade, que cada homem é membro de uma comunidade.
5. A peregrinação a Meca, enfim, não apenas concretiza a realidade mundial da comunidade muçulmana, mas, dentro de cada peregrino, vivifica a viagem interior em direção ao centro de si mesmo. O tema central do Islã, em todas as suas manifestações, é esse duplo movimento de fluxo do homem em direção a Deus e de refluxo de Deus em direção ao homem, sístole e diástole do coração muçulmano: "Na verdade, somos de Deus e a Ele retornamos" (II, 156)
                                                                     
Todos os preceitos que devem ser seguidos encontram-se reunidos no Alcorão (a grafia "Corão" também é considerada correta), livro sagrado escrito a partir das sínteses dos ensinamentos de Maomé. Trata-se de um livro com conotações nitidamente político--religiosas, assumindo o caráter de uma verdadeira constituição para o povo islâmico. Os feitos de Maomé foram reunidos por seus familiares em um livro denominado Suna, no qual se encontram as bases da tradição, formuladas a partir dos exemplos dados por Maomé durante sua vida. Destaca-se, entre os preceitos básicos da Suna, a Djihad. Por vezes mal compreendida, a Djihad ou Jihad, pode ser traduzida realmente como "Guerra Santa". Segundo ainda Roger Garaudy, filósofo franco-argelino convertido ao islamismo, há duas grandes formas de se fazer a Guerra Santa preconizada pelo Profeta. Há a "Grande Jihad" ou luta contra o ego e a "Pequena Jihad" que é a busca de persuasão do infiel aos caminhos do Profeta. Seguindo ainda aquele autor, "idolatria é adorar como se fosse Deus algo que não é Deus". Neste sentido, a egolatria é uma das formas mais condenáveis de idolatria e a Grande Jihad volta-se a dar combate a esta forma de idolatria. A "Pequena Jihad" busca, principalmente pela persuasão, mas à força se necessário, proteger o Islã e trazer novos crentes para o Islã.
 
A partir da existência de dois livros sagrados, o mundo muçulmano dividiu-se em dois grandes grupos: os xiitas, seguidores exclusivamente do Alcorão, que negam qualquer outra fonte de ensinamento; e os sunitas, que adotam como fonte de ensinamento, além do Alcorão, as Sunas, coletânea de relatos acerca das práticas adotadas por Maomé e seus seguidores.
BIBLIOGRAFIA
Peça de Arquitetura extraida do blog Templo Maçônico, a quem creditamos todo o texto.

Um beijo no seu coração

                                                                         

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