CAVALEIROS DO TEMPLO


Este blog tem como objetivo único, cooperar em leituras e estudos voltados para o segmento Maçônico, com textos de diversos autores e abordagens diferentes para um único tema.

Por Yrapoan Machado






terça-feira, 2 de novembro de 2010

PARATY - UMA VIAGEM NO TEMPO


Dizem que a maçonaria começou no Brasil no final do Século XVIII. Em 1815, é fundada no Rio de Janeiro a LOJA COMÉRCIO E ARTES, porém em 30 de março de 1818 foram proibidas as sociedades secretas. Em 1821 a agitação pela independência cria um clima que possibilita a reativação da Ordem no Rio de Janeiro. Em 1822 as lojas Comércio e Artes, União e Tranqüilidade e a Esperança de Niterói criam o Grande Oriente no Brasil.



JOSÉ BONIFÁCIO assume a liderança do Grande Oriente, ao compreender a sua importância para a independência do Brasil. Havia uma grande rivalidade entre José Bonifácio e Gonçalves Ledo e isso fizeram com que LEDO promovesse a eleição de D. Pedro para Grão-Mestre. Revoltado com a traição, Bonifácio cria o APOSTOLADO, onde os ANDRADAS eram dominantes. D. Pedro passa a integrar o APOSTOLADO.


D. Pedro logo depois resolve fechar a Maçonaria e o grupo de LEDO passa a ser perseguido até que as sociedades secretas entram em recesso, só retornando em 1831 após a abdicação de D. Pedro I, quando José Bonifácio assume outra vez o Grande Oriente do Brasil.


                                                                         
A MAÇONARIA EM PARATY


Estima-se que a maçonaria tenha surgido em Paraty por volta de 1700, quando os primeiros maçons teriam chegado à vila fugindo de perseguições do Velho Mundo. Chegando em Paraty, eles acham a vila um porto seguro, um lugar livre para o desenvolvimento da ordem. Chegando com novas idéias, são recebidos como "Os Iluminados" e passam a influenciar bastante nos modos e costumes da povoação. Assim achando terra fértil, os maçons começam a se desenvolver. Suas reuniões eram realizadas não só em sigilo, como também em lugares diferentes em cada vez que se reuniam. Um dia em casa de um irmão, no outro na casa de outro, sempre mantendo a preocupação de não serem descobertos. Com o passar do tempo começam a demarcar a vila com sinais característicos de sua simbologia. As esquinas recebem os primeiros sinais em forma de cunhais em pedra, que se ligando uns aos outros formam um triângulo imaginário. Algumas casas receberam os primeiros símbolos ainda no século XVIII. Neste período é muito provável que as cores predominantes tenham sido o Branco e o Azul. No século XIX, novos símbolos proliferam por mais construções decorando suas fachadas. Todos estes sinais tinham por objetivo indicar aos irmãos que chegavam à vila que ali ele seria bem acolhidos, encontraria abrigo, apoio e seriam alimentados, onde receberia orientação sobre o novo mundo que o estava recebendo. 
                                                                        
                                                                                        

Algumas construções apresentam os vãos entre as janelas da seguinte forma: O segundo espaço é o dobro do primeiro e o terceiro é a soma dos dois anteriores. As plantas feitas em escala 1:33:33 é outro sinal claro desta influência. Existiu também em Paraty um cargo na administração municipal chamado de "Fiscal de Quarteirão", que somavam um total de 33 fiscais, sendo que não existiam 33 quarteirões. Então porquê 33 fiscais?
Em Paraty existiu o "Clube dos Luvas Negras", formado por justiceiros da maçonaria, que se encarregavam de julgar e punir os irmãos que estavam em falta com a ordem e a sociedade. Consta que se reuniam em locais ermos e escuros, como cemitérios. Em Paraty se reunia na Toca do Caçununga, um sambaqui que foi cemitério indígena. Silvio Romero, que foi juiz de direito em Paraty, era membro do clube, sendo possivelmente o líder. Segundo alguns, nos escombros de sua casa, foram encontrados o avental, a espada e as luvas negras. 

                                                                                                                                                    A Loja Maçônica que se chamava "União e Beleza 88", abriu seu templo por volta de 1833/1834, supostamente no sobrado da Rua Dr. Pereira com Rua Dr. Samuel Costa, mudando-se, com o passar do tempo, para vários outros lugares. No final do século XIX a Loja de Paraty foi fechada e a Maçonaria abandonou a cidade, levando seus segredos e documentos, mas deixou suas marcas nas ruas, fachadas e memória dos moradores. A "Aug\ e Resp\ Loj\ Simb\ União e Beleza nº 88" reabriu seu templo em 1983, agora ligada a "Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro" e tem como Venerável para o exercício 2002/2003 o Mestre Hilton Mello. À sombra do imaginário, ficamos hoje tentando remontar o que seria a "Villa" nos séculos XVIII e XIX. 


                                                              

Bibliografia
Texto extraido da wikipédia - Enciclopédia Livre

    UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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